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Título
ESTUDO DO PROCESSO DE INVERSÃO DE EMULSÃO ÁGUA/ÓLEO

Aluno: Marcelle Guth de Freitas Batista - Curso de Engenharia Química (MT) - Orientador: Regina Weinschutz - Departamento de Engenharia Química - Área de conhecimento: 30603161 - Palavras-chave: emulsão; inversão; água/óleo - Colaborador: Jéssica Jakubiak Bento, Luiz Fernando de Lima Luz Junior.

Em meio natural, petróleo e água encontram-se geralmente em duas fases separadas. No entanto, ao realizar-se a extração em poços de petróleo, devido à agitação e ao cisalhamento, e juntamente com os asfaltenos (surfatantes intrínsecos do petróleo), ocorre a formação de emulsões água em óleo (A/O). Essas emulsões são altamente indesejáveis já que apresentam grande estabilidade e são responsáveis pelo incremento da viscosidade de tal substância, encarecendo assim o processo de produção do petróleo. Uma alternativa para reduzir os custos é a formação de emulsões inversas (O/A), pois estas são conhecidas pela baixa viscosidade. A inversão é caracterizada pela mudança das frações constituintes da emulsão. Ou seja, a fase externa (contínua) torna-se a fase interna (dispersa), enquanto a fase dispersa torna-se a fase contínua e pode ocorrer quando há um aumento de volume da fase dispersa ou variações na razão água/óleo. O objetivo deste trabalho é avaliar as condições responsáveis pela inversão da emulsão A/O. Para alcançar este objetivo, realizou-se um planejamento experimental no qual foi estudado a influencia da temperatura, do método de emulsificação e a fração mais adequada de n-heptano e toluol no óleo simulado. Em análise preliminar determinou-se o Tween 80 como o surfactante mais apropriado. As emulsões foram preparadas em homogeneizador marca Silverston modelo L4RT a 10000 rpm durante 3 minutos de agitação. A inversão foi avaliada através de medidas de condutividade elétrica, utilizando o condutivímetro marca Labstore Gehaka modelo CG 1800 e constatou-se que quando o óleo era a fase externa, os valores da condutividade variaram entre 0,15 e 1,00 µS e quando a água era fase externa, entre 30 e 50 µS. As emulsões também foram analisadas em microscópio Zeiss Observer D1 e as fotos obtidas confirmaram o ponto de inversão. Por fim, fez-se a medida da viscosidade em viscosímetro Brookfield DV++ PRO e verificou-se que após a inversão quanto maior a fração de água menos viscosa era a emulsão formada. Até o momento, pode-se verificar que a temperatura não influencia o ponto de inversão emulsões para o surfactante Tween 80.