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Título
OBTENÇÃO DE VANILINA E PRECURSORES VIA CULTIVO DE CÉLULAS DE VANILLA PLANIFOLIA - ESTUDOS PARA A FORMAÇÃO DE CALOS

Aluno: Camila Alonso Miranda de Souza - PIBIC/Fundação Araucária - Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (MT) - Orientador: Adriane Bianchi Pedroni Medeiros - Departamento de Engenharia Química.

 

Área de conhecimento: 30600006 Palavras-chave: vanilina; vanilla planifólia; calos.

A vanilina (4-hidroxi-3-metoxibenzalaldeído) é um composto amplamente utilizado como matéria-prima na indústria cosmética, alimentícia e farmacêutica, mas é procurado principalmente para a formulação de aromas naturais. Além disso, também pode ser usado como antimicrobiano e antioxidante. A vanilina natural é geralmente extraída diretamente da Vanilla planifolia e possui um valor agregado de mercado muito mais alto que a vanilina sintética. Além disso, outro motivo que valoriza a vanilina natural é a dificuldade de cultivo dela em locais com condições diferentes. Este estudo visa à produção de vanilina natural ou seus precursores por meio da obtenção de um cultivo celular viável e produtivo através do desenvolvimento de calos dessa orquídea. A orquídea (Vanilla planifolia) foi obtida em uma fazenda no Espírito Santo. Para o estabelecimento in vitro, partiu-se da coleta de sementes contidas nas cápsulas. O meio de germinação foi o meio MS (Murashige & Skoog, 1962), com 30 g.L-1 de sacarose e solidificado com 6 g.L-1 de ágar. Este mesmo meio foi utilizado para multiplicação com a adição dereguladores de crescimento para cada caso (multiplicação: AIB e BAP; e manutenção: BAP). Para a formação de calos foram seguidos dois protocolos. No primeiro, foram utilizadas combinações concentrações de 0,5; 0,75; 1,0; 1,25 e 1,5mg/L tanto para ANA como para BAP no meio MS. Os experimentos foram feitos em duplicata, a 25 ºC e fotoperíodo de 16h. O acompanhamento dos resultados foram realizados a partir de 6 semanas. No segundo, foram utilizadas as mesmas condições, porém com os fatores de crescimento ANA e TDZ em concentrações de 125, 100 e 75µL/L e 56.25, 45, 33.75 µL/L, respectivamente. O experimento da obtenção de calos com o meio enriquecido com ANA e BAP em concentrações previamente mencionadas obteve resultados pouco satisfatórios. O ideal é que houvesse formação de calos friáveis e de coloração amarela clara. Observou-se que os explantes possuíam a formação de calos com coloração amarelada apenas com as seguintes combinações: 0,5/0,75; 0,5/1,25; 0,75/0,05; 0,75/0,75; 0,75/1,25; 1,25/0,75; 1,25/1,5 e 1,5/0,75 de BAP e ANA, respectivamente. O experimento com os fatores de crescimento ANA e TDZ ainda está em andamento. Outros componentes adicionados ao meio deverão ser testados com o intuito de se obter calos ideais para o cultivo de células em suspensão. Entre eles, poderá ser testado o ácido ascórbico, ácido cítrico, 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido 2,4 diclorofenoxiacético (2,4-D).