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Título
USO DO INFRAVERMELHO MÉDIO NA DISCRIMINAÇÃO DO LENHO CARBONIZADO
Aluno: Alexandre Melnic Bliharscki - PIBIC/UFPR-TN - Curso de Engenharia Industrial Madeireira (N) - Orientador: Silvana Nisgoski - Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal - Área de conhecimento: 50204017 - Palavras-chave: carvão vegetal; infravermelho; espectroscopia - Coorientador: Graciela Inês Bolzon de Muniz - Colaborador: André Simon, Letícia da Silva Soler, Rayra F. G. Borzi.
Espécies madeireiras classificadas como vulneráveis ou em risco de extinção são, em determinadas regiões, carbonizadas como uma alternativa para burlar a fiscalização em função da dificuldade de identificação do material, tornando necessários estudos sobre as características intrínsecas das espécies carbonizadas e o desenvolvimento de métodos rápidos e precisos que auxiliem os órgãos ambientais na fiscalização em campo, uma vez que a temperatura, tempo de aquecimento e carbonização, entre outras variáveis, afeta as características do carvão produzido. Este trabalho tem o objetivo de relacionar as informações obtidas pela espectroscopia no infravermelho médio com a discriminação de espécies de madeiras carbonizadas, montando-se um banco de dados que facilitará o controle de comércio ilegal pelos órgãos governamentais. Foram utilizadas 60 amostras de Imbuia (Ocotea porosa) e de Sassafrás (Ocotea odorifera) com dimensões aproximadas de 2 x 2 x 5cm, orientadas nos três planos anatômicos de corte, divididas em quatro grupos de carbonização, com aquecimento direto e temperatura máxima de 350°C, 450°C e 650°C, e aquecimento em rampas e temperatura final de 450°C. As amostras foram envolvidas em papel alumínio e carbonizadas em forno mufla. Posteriormente foram moídas, com auxílio de um moinho de facas, e obtidos espectros de infravermelho médio (400 - 4000 cm-1), em espectrofotômetro Tensor 37, da Bruker. Através da análise de componentes principais (PCA), observa-se que é possível a distinção dos grupos em função da temperatura final de carbonização. Dois componentes principais explicam 90% da variação existente entre os grupos para as amostras de imbuia e 94% para o sassafrás. No caso do Sassafrás, ocorre uma melhor distinção entre os grupos com temperatura final de 450 ºC, com rampa e aquecimento direto, indicando uma maior influência da taxa de aquecimento do que na Imbuia.