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Título
QUALIDADE DE VIDA DE ADULTOS HIPERTENSOS: SUBSÍDIOS PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM
Aluno: Juliana Perez Arthur - PIBIC/CNPq - Curso de Enfermagem (MT) - Orientador: Maria de Fátima Mantovani - Departamento de Enfermagem - Área de conhecimento: 40400000 - Palavras-chave: doença crônica; qualidade de vida; cuidados de enfermagem - Colaborador: Ângela Taís Mattei, Carina Bortolato-Major, Elis Martins Ulbrich.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) compõe o grupo das doenças crônicas não transmissíveis e suas complicações são responsáveis por incapacidade funcional e mortalidade cardiovascular, assim, é problema de saúde pública. Acredita-se que a avaliação da Qualidade de Vida (QV) do paciente hipertenso pode facilitar a adesão ao tratamento e ampliar as decisões clínicas, programas e políticas assistenciais. Este estudo objetiva descrever a qualidade de vida de adultos hipertensos de Curitiba - PR. Pesquisa descritiva com corte transversal realizada no território das Unidades de Saúde do Distrito Sanitário Boa Vista do município de Curitiba - PR. A amostra é composta de 100 participantes hipertensos, sendo a seleção aleatória. Foram critérios de inclusão: ser adulto, em tratamento de HAS, ser ativo no Programa de hipertenso e obter pontuação mínima no Mini Exame do Estado Mental. Para avaliar a QV utilizou-se o Questionário SF-36 adaptado e validado para o Brasil, o qual divide a QV do paciente em 8 domínios, identificados com escore entre 0 e 100, onde 0 representa baixa QV e 100 ótima QV. Os resultados são parciais e foram tabulados no programa Excel®. Relativo à caracterização dos participantes, 76 são do sexo feminino e 24 do sexo masculino, com idade entre 27 a 60 anos. A média geral do Índice de Massa Corpórea (IMC) foi de 30,67. Quanto ao tempo de diagnóstico da HAS: 3% foi diagnosticado há menos de 1 ano, 30% foi diagnosticado entre 1 e 5 anos, 22% foi diagnosticado entre 6 e 10 anos, 28% foi diagnosticado entre 11 e 20 anos e 17% foi diagnosticado há mais de 20 anos. A avaliação dos domínios é representada pela média geral dos escores- capacidade funcional: 73,8; aspectos físicos: 68,5; dor: 60,71; estado geral da saúde: 60,53; vitalidade: 64,1; aspectos sociais: 78; aspectos emocionais: 70,3 e saúde mental: 70,56. Avaliando-se a QV de acordo com o sexo, verifica-se que os escores do grupo dos homens foram maiores que os das mulheres. Além disto, observou-se que o tempo de diagnóstico e o comprometimento da QV dos participantes são diretamente proporcionais. Os resultados encontrados são similares ao encontrado na literatura, porém, a disparidade da QV entre homens e mulheres demonstra que esses auto avaliam melhor sua saúde em relação às mulheres, indicando a necessidade de programas de educação em saúde focados na saúde do homem. Embora não haja uma definição na literatura sobre a média ideal de escore para o SF-36, verifica-se que a QV dos participantes é boa e que aspectos como o tempo de diagnóstico e o IMC interferem diretamente na QV.