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Título
INFLUÊNCIA DA DISPONIBILIDADE DE CARBOIDRATO NA DIETA SOBRE O COMPORTAMENTO DA GLICEMIA DURANTE O EXERCÍCIO SEVERO

Aluno: Juan Henrique Szymczak Conde - PIBIC/CNPq - Curso de Educação Física (Bacharelado) (MT) - Orientador: Raul Osiecki - Departamento de Educação Física - Área de conhecimento: 20000006 - Palavras-chave: dieta; exercício; glicose sanguínea - Coorientador: Guilherme Assunção Ferreira - Colaborador: Rogério da Luz Coelho, Tiago Burigo Guimarães Rubio.

Durante o exercício realizado no domínio severo, a glicose é o principal substrato utilizado pelos músculos ativos. A redução de CHO na dieta e/ou depleção dos níveis de glicogênio precedendo exercícios realizados nesta intensidade são responsáveis pelo início precoce da fadiga. Portanto, a disponibilidade de CHO é um dos fatores limitantes em exercício executado nesta intensidade. Neste sentido, em tese, é esperado que os níveis de glicose sanguínea sejam reduzidos durante o exercício, tornando-se um fator limitante da performance e responsável pela instalação precoce do quadro de fadiga. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da baixa disponibilidade de CHO na dieta sobre o comportamento glicêmico durante o exercício realizado em domínio severo. Sete indivíduos do sexo masculino, fisicamente ativos (idade = 21 ± 0.9 anos; estatura = 176.7 ± 2.46 cm; peso = 76.5 ± 9.87 kg; %G = 12.2 ± 5.57%) realizaram um teste progressivo em esteira ergométrica para identificação do limiar anaeróbio (Lan) na carga fixa de 4mmol.l-1 e determinação do delta 50 (?50) (intensidade equivalente a 50 % da intensidade entre o Lan e o Pico de velocidade (PV). Em seguida, todos os indivíduos realizaram, de forma contrabalanceada e randômica, um exercício submáximo em intensidade correspondente ao ?50 72 horas após o controle de CHO na dieta. Grupo controle (GC) - 60% CHO; grupo com baixo teor de CHO (GBCHO) - 15% CHO e; grupo com alto teor de CHO (GACHO) - 80% CHO na dieta. Não foram encontradas diferenças significativas entre as dietas para os valores de glicose em função do tempo em valores absolutos (i. e. 120s, 240s, 360s, 480s e exaustão) glicose = 84.4 ± 9.4, 83.2 ± 10.3, 84.1 ± 9.9, 88.5 ± 14.1 e 96.1 ± 19.2 mg.dl-1 GC, glicose = 84.4 ± 12.6, 85.1 ± 8.2, 88.2 ± 7.2, 86.4 ± 10.8 e 91.1 ± 17.3 mg.dl-1 GBCHO e glicose = 89.1 ± 23.1, 91.1 ± 21.1, 87.2 ± 15.4, 87.2 ± 12.8 e 88.5 ± 17.8 mg.dl-1 GACHO e relativos (i. e. 20%, 40%, 60%, 80% e 100%) glicose = 84.3 ± 9.9, 87.6 ± 10.1, 90.7 ± 11.9, 89.2 ± 16.7 e 96.1 ± 19.2 mg.dl-1 GC, glicose = 84.2 ± 12.4, 86.7 ± 9.4, 87.2 ± 11.1, 89.8 ± 19.3 e 91.1 ± 17.3 mg.dl-1 GBCHO e glicose = 88 ± 22.3, 84 ± 14.7, 81.2 ± 10.6, 83.8 ± 14.1 e 88.5 ± 17.8 mg.dl-1 GACHO, respectivamente, p > 0,05. Estes resultados sugerem que durante o exercício em domínio severo os níveis glicêmicos são mantidos constantes independente da disponibilidade de CHO pré exercício, o mecanismo associado ao fenômeno pode estar associado à manobra do organismo em evitar a quebra da homeostase corporal através da gliconeogênese.