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Título
EFICIÊNCIA DE ADIÇÕES MINERAIS PARA USO EM MATERIAIS CIMENTÍCIOS - EFEITO DE MITIGAÇÃO DO ATAQUE POR SULFATOS PROVOCADO POR ADIÇÕES POZOLÂNICA
Aluno: Isaac Aguiar Oliveira - Curso de Engenharia Civil (MT) - Orientador: Marcelo Henrique Farias de Medeiros - Departamento de Construção Civil - Área de conhecimento: 30000009 - Palavras-chave: sulfatos; durabilidade; concreto - Colaborador: Diego Jesus de Souza.
A exposição do concreto à ambientes úmidos e na presença de íons de sulfato desencadeia reações químicas na matriz hidratada, formando compostos deletérios para a microestrutura. A conseqüência do ataque por sulfatos a uma estrutura de concreto se manifesta pelo surgimento de fissuras aleatórias e, possivelmente, por desagregação superficial do concreto por ataque e degradação do C-S-H. O uso de adições minerais na composição do material ligante interfere nas propriedades do concreto, tanto no estado fresco quanto no endurecido, o que altera a durabilidade da estrutura frente aos agentes agressivos a que estará exposta. O presente trabalho busca avaliar o potencial de mitigação do ataque por sulfatos quando da presença de adições minerais em estruturas de concreto. A determinação da variação dimensional de barras de argamassa de cimento Portland seguiu critérios preconizados pela ABNT NBR 13.583 / 2014, e, teve como parâmetro para classificação das composições resistentes aos íons sulfato, o valor de expansão resultante limite ao 42º dia de exposição de 0,03%, sendo este, baseado na publicação de Marciano (1993). Desta forma, pôde-se avaliar o potencial mitigativo do material ligante composto por cimento CP V - ARI (referência) e composições com a substituição parcial do cimento, em teor de 10% em massa, por sílica ativa, metacaulim, cinza de casca de arroz, filler calcário, filler quartzoso e resíduo de cerâmica vermelha com três diferentes tempos de moagem. A argamassa de referência, composta apenas com cimento CP V - ARI excedeu a expansão limite, estabelecida inicialmente, em 0,019%. Bem como as argamassas contendo metacaulim, filler calcário e resíduo de cerâmica vermelha, independentemente do tempo de moagem. A utilização de sílica ativa, cinza de casca de arroz ou filler quartzoso na composição do material ligante das argamassas reduziu a expansão resultante à níveis inferiores a 0,03%, tornando-as resistentes ao ataque por sulfatos, observou-se que ambas as séries que apresentaram resistência aos íons sulfato possuíam um teor de dióxido de silício acima de 90% em sua composição, todavia, apenas as duas primeiras possuíam SiO2 em seu estado amorfo, portanto, apresentam potencial para atividades pozolânicas. Enquanto que o fíler quartzoso, por apresentar uma estrutura mais cristalina, resistiu aos íons agressivos apenas por refinamento dos poros.