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Título
A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES CITOCININAS PARA A MULTIPLICAÇÃO IN VITRO DE ACACIA MEARNSII DE WILD
Aluno: Vanessa Ishibashi - PIBIC/CNPq - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Antonio Rioyei Higa - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50201034 - Palavras-chave: acácia-negra; micropropagação; citocininas - Coorientador: Ecléia Alexandra Poutronieri Buda Salles - Colaborador: Paulo Andre Trazzi, Melrian Schetz.
Acacia mearnsii, a acácia-negra, foi introduzida no Brasil em 1918 e com os primeiros plantios comerciais realizados a partir de 1928. Atualmente, é o quarto gênero mais plantado no Brasil, com grande importância social e econômica no Rio Grande do Sul. O melhoramento florestal da espécie no Brasil teve inicio na década de 1980 através da criação de Áreas de Produção de Sementes (APS). Desde então diversas técnicas são utilizadas dentro de um programa de melhoramento genético visando principalmente o aumento de produtividade e qualidade dos plantios. Os cruzamentos controlados e os pomares de produção de sementes não atendem a demanda para que os plantios sejam realizados com genótipos superiores em sua totalidade. E uma das técnicas viáveis para a multiplicação massiva desses genótipos é a cultura de tecidos, pois otimiza tempo e espaço físico, além de propiciar mudas sadias e uniformes. Porém, para a propagação in vitro um fator essencial é a definição do regulador vegetal a ser utilizado na fase de multiplicação. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi testar a influência de diferentes citocininas na multiplicação da espécie por meio de técnicas de micropropagação. O experimento foi conduzido no Laboratório de Genética e Melhoramento Florestal da UFPR, com sementes de matrizes selecionadas do RS, germinadas in vitro. Após o desenvolvimento das mudas, os explantes foram subcultivados. O delineamento experimental utilizado foi em parcelas subdivididas em blocos casualizados, com cinco repetições. O regulador constituiu as parcelas (BAP, cinetina e TDZ) e a concentração do regulador constituiu as subparcelas (três concentrações diferentes e um tratamento testemunha sem regulador). As avaliações ocorreram 30 dias após o subcultivo e foram avaliados: número de gemas, número de explantes, presença de enraizamento e calosidade. Para a análise estatística se efetuou análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Para todas as variáveis avaliadas o teste F para interação foi significativo, ou seja, o efeito do regulador depende da concentração utilizada. Para o número de gemas a melhor combinação foi o uso de BAP na concentração de 2,0 mgL-1, mas esta não foi a melhor combinação para número de explantes. No geral, o uso de regulador vegetal em qualquer concentração apresentou maior formação de calos e menor taxa de enraizamento. Por fim, recomenda-se na fase de multiplicação o uso de BAP na concentração de 2,0 mgL-1 com posterior repicagem em meio que estimule as fases subsequentes da micropropagação.