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Título
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE VITEX MEGAPOTAMICA (SPRENGEL) MOLDENKE. NAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO

Aluno: Thiago Wendling Gonçalves de Oliveira - IC-Voluntária - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Antonio Rioyei Higa - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50201034 - Palavras-chave: clonagem; propagação vegetativa; tarumã - Coorientador: Andrea Chizzotti Cusatis - Colaborador: Angela Ikeda.

Com a nova legislação florestal brasileira em vigor, o país terá de restaurar 21 milhões de hectares de Reserva Legal e APP - Área de Preservação Permanente. Isto significa a necessidade de plantar mais de um milhão de hectares por ano nos próximos 18 anos. As mudas de algumas espécies nativas produzidas por sementes são escassas, o que torna a propagação vegetativa uma opção interessante para atender a crescente demanda de mudas. Vitex megapotamica é uma destas espécies que apresenta sementes com baixo índice de germinação, ocorre naturalmente em ambientes muito alterados pelo homem, de madeira nobre, é indicada para reflorestamento. Os trabalhos publicados a respeito da propagação por estaquia da espécie ainda são escassos. O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes concentrações de Ácido Indol-Butílico (AIB) e estações do ano na propagação vegetativa de V. megapotamica. As 50 mudas que compõem o jardim clonal foram doadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).  O jardim clonal recebeu fertirrigações semanais com macro e micronutrientes, nas concentrações de 1,68 g/L e 0,18 g/L respectivamente. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, com 2 plantas por parcela, 5 repetições, totalizando 10 estacas por tratamento. As concentrações de AIB foram 0 (testemunha), 500, 1500, 3000 e 6000 ppm. As estações foram primavera, verão, e os dados de outono e inverno ainda estão sendo coletados. O tamanho médio das estacas foi de 12 centímetros. Foram avaliados sobrevivência e enraizamento nos períodos de 30, 60 e 90 dias. Nas análises estatísticas foi utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para avaliação da sobrevivência e enraizamento; o teste de Friedman para avaliação do efeito das estações do ano. Na primavera, a sobrevivência variou de 70 a 100%, o enraizamento de 70 a 100%. As análises mostraram que a concentração de 500 ppm foi inferior para as duas variáveis. No verão, a sobrevivência variou de 70 a 100%, o enraizamento de 70 a 100%. Não foi observada diferença significativa entre os tratamentos. Com bases nos resultados das análises foi possível concluir que as duas estações do ano não afetam a sobrevivência e o enraizamento das estacas, sendo que espécie pode ser propagada sem o uso de AIB, na primavera e no verão.