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Título
FENOLOGIA DE LUEHEA DIVARICATA MART. & ZUCC.
Aluno: Lucas Moura de Abreu - IC-Voluntária - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Antonio Rioyei Higa - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50201034 - Palavras-chave: dendrofenograma; fenofases; estudo fenológico - Colaborador: Melrian Schetz, Jessica Priscila Tosato.
O estudo fenológico é de grande importância no entendimento do desenvolvimento das plantas, e tem aplicação em diversas áreas, como arborização urbana, ecologia, melhoramento florestal e produção de sementes. Luehea divaricata Mart. & Zucc., conhecida popularmente por "açoita-cavalo", é uma planta decídua, heliófita, pioneira e de rápido crescimento. É nativa do Brasil, nos domínios fitogeográficos do Cerrado e da Mata Atlântica. Sua madeira é muito utilizada na confecção de móveis vergados (curvados), devido à sua grande flexibilidade e resistência. Além disso, a espécie também é recomendada para recuperação e recomposição de áreas. O objetivo deste trabalho foi correlacionar as fenofases do açoita-cavalo com algumas variáveis meteorológicas, como temperatura, precipitação e fotoperíodo. Adicionalmente, as fenofases também serão vinculadas aos meses do ano, na forma de dendrofenogramas. O estudo foi realizado dentro de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, denominado Capão do Tigre, localizado no Campus Jardim Botânico da UFPR, Curitiba, Brasil. O método utilizado foi o de Fournier e Charpantier (1975), que sugere uma amostra mínima de dez árvores e observações mensais. Com auxílio de um navegador GPS, cerca de 20 açoita-cavalo georreferenciados foram localizados e avaliados. Os critérios para escolha das matrizes foram: fitossanidade, visibilidade da copa a partir do solo, DAP mínimo de 10 cm e distância mínima de 15 m entre cada árvore. Foram escolhidas onze matrizes, as quais foram marcadas no local com fitas coloridas. Em janeiro de 2014, iniciou-se uma série de observações que consiste em uma visita por mês às matrizes, durante um ano. Durante a visita, são anotadas as características fenológicas vegetativas (folha jovem, madura e velha) e reprodutivas (botão floral, antese, fruto verde e fruto maduro), usando uma escala de 0 a 4. Depois, os dados são tabulados e analisados. As folhas predominantes nos meses de janeiro até abril foram as classificadas como maduras. Frutos verdes foram observados em março e abril. Espera-se que a dispersão das sementes (abertura dos frutos) ocorra nos meses de junho e julho, e que a floração se inicie no mês de novembro. Porém, dependendo das condições meteorológicas deste ano, é possível que as fenofases sejam deslocadas no tempo.