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Título
FENOLOGIA DE ACACIA MEARNSII DE WILD (ACÁCIA NEGRA)
Aluno: Jéssica Priscila Tosato - PIBIC/CNPq - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Antonio Rioyei Higa - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50201034 - Palavras-chave: fenologia; acácia negra; acacia mearnsii - Coorientador: Jaçanan Eloisa de Freitas Milani .
Acacia mearnsii De Wild. é uma leguminosa de rápido crescimento. Os plantios, principalmente no estado do Rio Grande do Sul, representam significativa parcela dos reflorestamentos no país, perdendo apenas para os gêneros Eucalyptus, Pinus e Hevea. Espécie de valor econômico e comercial para extração de tanino a partir de sua casca, também é amplamente utilizada para a produção de celulose e energia. Sob o ponto de vista ecológico é potencial para recuperação de solos de baixa fertilidade. A utilização de sementes melhoradas geneticamente para a produção de mudas tem contribuído para o aumento na produtividade de plantios florestais. No entanto, observa-se grande influência dos fatores ambientais nos padrões fenológicos, uma vez que, são resultados da relação entre as características genéticas, variações ambientais, disponibilidade de recursos, presença ou ausência de polinizadores, entre outros. Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar o comportamento fenológicos da acácia negra, plantada no Campus Botânico da UFPR, e relacionar os padrões observados com as variáveis ambientais temperatura e precipitação. Os dados fenológicos foram obtidos através da observação das fenofases vegetativas (brotações, folhas maduras, velhas,) e reprodutivas (botão, antese, fruto verde e maduro). Semanalmente, utilizando uma escala quantitativa foram registradas o Percentual de Intensidade de Fournier. Neste método, para a obtenção da intensidade das fenofases, utiliza-se uma escala de intervalos com categorias de 0 a 4 (0- ausência da fenofase; 1- fenofase presente de 1 a 25% da copa; 2 - fenofase presente de 26% a 50% da copa; 3 - fenofase presente de 50% a 75%; 4 - fenofase com mais de 76% da copa). Ainda, com o auxilio de um andaime de 10 metros de altura, foi realizada a contagem das estruturas reprodutivas em galhos selecionados em duas árvores, com intuito de verificar o desenvolvimento das estruturas reprodutivas da espécie. Para análise dos resultados foram construídos gráficos fenológicos. Após análise estatística, os resultados foram comparados com os padrões de temperatura e precipitação no mesmo período. No intervalo de julho a dezembro de 2013, o pico de floração se deu em setembro, sendo a frutificação mais intensa nos meses de novembro e dezembro, correlacionando-se com a temperatura.