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Título
USO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS PARA RECUPERAR ÁREAS DEGRADADAS
Aluno: Isaque Leal Pinkuss - IC-Voluntária - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Rozimeiry Gomes Bezerra Gaspar - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50205048 - Palavras-chave: sistemas agroflorestais; recuperação de áreas degradadas; pequeno agricultor - Coorientador: Alessandro Camargo Angelo; Karen Koch Fernandes de Souza - Colaborador: Anderson Mendez Souza; Murilo de Almeida Furtado; Sérgio Vinícius Serejo da Costa Filho.
O custo das iniciativas de recuperação de áreas degrada são altos e não condizentes com a situação econômica de diversos agricultores. Uma das alternativas para esse desafio são os sistemas agroflorestais.Este projeto está sendo implantado pelo Grupo de Estudos em Sistemas Agroflorestais, no Campus Botânico da UFPR, tem por objetivo aprofundamento na temática de recuperação de área degradada com Sistemas Agroflorestais e validar a metodologia para possível utilização da área como unidade demonstrativa. Historicamente a área referida nesse trabalho foi utilizada como pista de motocross e, em 2001, com o início da construção do prédio BIOFIX/PR ao lado da área do projeto, foi utilizada como área de deposição de caliça e horizontes subsuperficiais no momento de terraplanagem da construção. Popularmente, esse tipo de solo é conhecido como "sabão de caboclo", pois quando escavado e exposto na atmosfera permanece com um aspecto ressecado e quando úmido torna-se escorregadio. Quando ressecado novamente, ocorre a desagregação do solo e favorece o aparecimento de processos erosivos. A escolha do método de preparo do solo, das espécies a serem introduzidas, do delineamento dos arranjos agroflorestais, implantação e manejo foram baseadas a partir de revisões bibliográficas, nas atividades agroflorestais agroecológicas mais comumente praticadas pelos produtores associados a COOPERAFLORESTA, bem como a disponibilidade de insumos na hora do plantio. O preparo do solo foi manual, com utilização de enxada para capina, o enxadão para escarificação ("afofamento") e coveamento, e a enxada para incorporar esterco curtido e destorroar do solo. A área foi dividida em 3 subáreas, sendo implantada em cada, um modelo agroflorestal. Uma das áreas foi implantada uma linha de espécies frutíferas perenes associadas a hortaliças anuais não convencionais, intercaladas com linhas de espécies perenes de adubação verde mucuna-preta (Stizolobiun aterrinnum, Piper &Tracy), Capim elevante cv. Roxo, e o magaridão (Thitonia diversifolia). Na segunda subárea será feito plantio de espécies arbóreas nativas com adubação verde de ciclo anual como a aveia preta (Avena strigosa) e ervilhaca (Vica sativa). Já a terceira foi implantada em forma de ilhas (não em linhas) de modo a concentrar matéria-orgânica e nutrientes no meio da ilha onde haverá espécie arbórea de interesse econômico direto. Espera-se com esse projeto a validação de sistemas agroflorestais como uma ferramenta para recuperação de área degradada, sem deixar de lado as questões socioeconômicas e ambientais em determinadas realidades.