0195

Título
CARACTERIZAÇÃO DA INFLAMABILIDADE DE ESPÉCIES FLORESTAIS PARA O MANEJO DO FOGO EM REFLORESTAMENTO

Aluno: Igor Kiyoshi Takashina - PIBIC/Fundação Araucária - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Antonio Carlos Batista - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 10000003 - Palavras-chave: incêndios florestais; inflamabilidade; epirradiador - Coorientador: Alexandre França Tetto - Colaborador: João Francisco Labres Santos, Rafela de Assunção, Elvira Alice Kudla.

Os incêndios florestais são importantes causadores de danos à economia do setor, sendo necessária a adoção de métodos de prevenção e combate aos incêndios. Uma das práticas de prevenção de incêndios muito utilizada em várias partes do mundo é a implantação de cortinas de segurança, uma técnica silvicultural preventiva muito eficiente. Para sua implantação, no entanto, são necessários os conhecimentos sobre as características de combustão das espécies a serem utilizadas na composição das cortinas de segurança. Um dos mais importantes parâmetros da combustão a se a ser avaliado é a inflamabilidade das espécies. O objetivo desse trabalho foi avaliar a inflamabilidade das espécies Euonymus japonicus (evonimo), Psidium cattleianum (araçá) e Bougainvillea glabra (buganvile). Os testes de inflamabilidade foram realizados de acordo com a metodologia proposta por Petriccione, Moro e Rutigliano (2006) e Petriccione (2006). Foi utilizado um epirradiador de 500 W de potência nominal constante, com temperatura de 250 a 350 ºC. Para a realização do experimento foram coletadas amostras de folhas e galhos com diâmetro inferior a 7 mm de cada espécie e queimadas no epirradiador em um prazo de uma hora para que não perdessem as características naturais do material. Para cada espécie foram realizadas 50 queimas (repetições) de 1 g de material verde. Durante os experimentos de queima no epirradiador foram coletados dados da Frequência de Ignição (FI), Tempo para Ignição (TI), Duração da Combustão (DC) e Índice de Combustão (IC). Os resultados observados para E. japonicus, P. cattleianum e B. glabra indicaram frequência de ignição (FI) de 66%, 62% e 10%, respectivamente. Em relação ao tempo para ignição (TI), o P. cattleianum foi o que apresentou o menor TI (43 s), seguido de E. japonicus (43,10 s) e B. glabra (48,40 s). O maior tempo de duração da combustão (DC) observado foi para E. japonicus (28,7 s), enquanto que B. glabra e a P. cattleianum apresentaram DC de 7,0 s e 8,3 s, respectivamente. O Índice de Combustão (IC) é determinado através da média das alturas de chama sendo que P. cattleianum apresentou alta intensidade de combustão (IC4) e B. glabra e E. japonicus apresentou intensidade de combustão muito alta (IC5). Os valores de inflamabilidade foram obtidos através do TI e FI, utilizando-se a tabela desenvolvida por Valette (1990). De acordo com essa tabela, as três espécies foram classificadas como fracamente inflamáveis (nível 0), concluindo-se que as três apresentam potencial para uso em cortinas de segurança.