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Título
DINÂMICA DA VEGETAÇÃO NO ENTORNO DA TRILHA DO CAPÃO DO TIGRE - LOCAL DE ATIVIDADES DO PROJETO DE EXTENSÃO FLORESTA-ESCOLA
Aluno: Gustavo Ferreira Wassem - Pesquisa voluntária - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Daniela Biondi - Departamento de Ciências Florestais - Área de conhecimento: 50205005 - Palavras-chave: fragmento de floresta urbana; variáveis meteorológicas; educação ambiental - Coorientador: Angeline Martini - Colaborador: Carolina Soldera, Gabriele Calle.
Na trilha de um fragmento de floresta, conhecido por Capão do Tigre, são realizadas atividades de educação ambiental do Projeto de Extensão Floresta-Escola, com alunos de ensino fundamental de escolas de Curitiba e região. Visando complementar os conhecimentos dos monitores do projeto e para esclarecer eventuais dúvidas levantadas pelos estudantes durante a excursão na trilha, a presente pesquisa teve como objetivo observar a dinâmica da vegetação no entorno da trilha do Capão do Tigre e relacionar com as variáveis meteorológicas. Para isso foram realizadas excursões na trilha do fragmento de floresta urbana existente no Campus III (Jardim Botânico) da UFPR, com periodicidade de quinze dias ao longo de um ano, a partir de junho de 2013. Nestas excursões foi registrada toda mudança ocorrida com as espécies ao longo da trilha, tais como: flores, frutos, sementes e folhas. Tais registros foram identificados e relacionados com dados meteorológicos obtidos junto ao Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, para estabelecer relação com a dinâmica da vegetação. As variáveis obtidas e processadas por estação do ano foram: valores médios diários de temperatura e umidade relativa do ar e a velocidade do vento, os valores totais diários de precipitação e fotoperíodo. Os resultados mostram que o ao longo do período de estudo, o registro mais observado foi a existência de flores (47,3%), seguido por frutos (32,7%), sementes (18,2%) e folhas (1,8%), sendo esta última apenas referente à araucária (Araucaria angustifolia). As flores foram observadas em sua grande maioria no mês de novembro, os frutos em março e as sementes em julho. Considerando o conjunto dos registros, a maior parte deles foi observada também no mês de novembro e a menor em abril. As observações realizadas permitiram ainda elaborar um calendário ilustrativo da dinâmica da vegetação do entorno da trilha. Com relação aos dados meteorológicos foi possível constatar que na primavera a ocorrência de flores e frutos foram maiores, período que coincide com valores de maior umidade relativa e velocidade do vento. No outono, período de menor precipitação e velocidade do vento, coincide com a menor quantidade de flores e frutos. Já o maior volume de sementes foi observado no inverno, que por sua vez tem menor temperatura e fotoperíodo. Com os resultados obtidos pode-se concluir que a dinâmica da vegetação do entorno da trilha é expressa em sua maioria pela floração das espécies e, os registros observados relacionam-se com as variáveis meteorológicas.