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Título
PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES DE UM MANGUEZAL DA BAÍA DE GUARATUBA, LITORAL SUL DO PARANÁ, BRASIL

Aluno: Jaqueline dos Santos Pontes - PIBIC/CNPq - Curso de Ciências Biológicas (M) - Orientador: Liliani Marília Tiepolo - Departamento de Ciências Biológicas - Área de conhecimento: 20400004 - Palavras-chave: manguezal; baía de guaratuba; pequenos mamíferos não-voadores.

Pequenos mamíferos não-voadores das florestas neotropicais exercem um papel de grande importância ecológica na dinâmica dos ecossistemas naturais. Este trabalho busca informações sobre riqueza de espécies das ordens Rodentia e Didelphimorphia nos manguezais do Cabaraquara, no município de Guaratuba, Paraná. Os pontos de captura foram realizados em uma propriedade conhecida como Sítio Sambaqui, uma área peridomiciliar de encosta florestal antropizada, com um manguezal em boas condições naturais. Realizamos duas amostragens em estações diferentes do ano, uma no inverno de 2013 campo piloto, com finalidade de testar as metodologias e outro no verão de 2014 a replicação do campo piloto. Houve a necessidade de adaptações nos métodos já existentes para captura destes espécimes. Utilizaram-se armadilhas para captura viva que foram alocadas em suportes flutuantes ou fixadas nas árvores do mangue, uma vez que o local é constantemente inundado pela ação das marés. Os indivíduos capturados foram identificados e observados quanto ao peso, sexo, estado reprodutivo e medidas morfométricas externas. As coletas duraram cinco dias consecutivos com 90 armadilhas igualmente divididas entre os modelos Tomahawk e Sherman, distribuídas em intervalos de 10m, ao longo de três eixos longitudinais, em três paisagens diferentes do mangue. Até o momento tivemos um esforço amostral de 900 armadilhas noite, sendo 450 na estação de inverno e 450 na estação de verão. O campo realizado em julho de 2013 apresentou clima frio e chuvoso e foram capturados cinco indivíduos da espécie de marsupial Didelphidae Didelphis aurita. Em janeiro de 2014 foram capturados apenas dois indivíduos da mesma espécie, em um clima extremamente quente e seco, estes indivíduos foram avaliados quanto suas medidas morfométricas e brincados para uma futura captura e avaliação de seu tamanho. Assim, nosso sucesso de captura até o momento foi de 0,77%, considerado como de baixa capturabilidade, porém esperada, devido às condições do ambiente. Em ambos os campos foram observados através de vestígios de pegadas a presença da espécie Procyon cancrivorus. Até o momento obtivemos apenas a presença de Didelphis aurita, que parece ser habitante comum do manguezal do Cabaraquara. É também uma espécie abundante nas florestas submontanas e nos ambientes urbanos da região. Pode-se aventar que o fato da localidade amostral estar inserida em ambiente peridomiciliar pode estar interferindo no padrão de riqueza, porém ainda consideramos prematura maiores conclusões, uma vez que são resultados preliminares.