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Título
ANÁLISE MORFO-ECOLÓGICA DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS UTILIZADAS PARA RECOMPOSIÇÃO FLORESTAL
Aluno: Daniela Fumagalli - PIBIC/CNPq - Curso de Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina (MT) Orientador: Juliano Cordeiro - Departamento de Botânica - Área de conhecimento: 20300000 - Palavras-chave: restauração; plantio de mudas; floresta estacional semidecidual - Colaborador: Jéssica Sabatini Ribeiro.
Diante da crescente eliminação e substituição da vegetação, faz-se necessário que projetos de recomposição florestal sejam implementados, por meio do plantio de mudas, para tentar minimizar os danos gerados. Esse estudo visou à caracterização morfológica e ecológica de mudas de espécies arbóreas nativas usadas para recomposição da vegetação em um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual da Universidade Federal do Paraná em Palotina. O estudo consistiu em selecionar em viveiros da região 55 mudas de 22 espécies nativas diferentes. Essas mudas foram separadas por espécies e grupos sucessionais, e mensurados seus dados morfológicas de altura, circunferência ao nível do colo e número de folhas. O plantio foi realizado em ago/13, em covas com dimensões de 20 x 30 cm, dispostas em mosaico de forma a intercalar as espécies entre os diferentes grupos ecológico. A classificação quanto ao grupo sucessionais determinou que 6 espécies pertencem ao grupo das pioneiras, cinco espécies nos grupos das secundárias, quatro ficaram no grupo das climácicas e uma com classificação indeterminada. As remedições foram realizadas aos 30 dias para verificação da mortalidade das mudas e aos 60, 120, 180 e 240 dias para mensuração das características morfológicas. A análise dos resultados mostrou que até os 240 dias após plantio ocorreu 29% de mortalidade. Quanto aos dados morfo-ecológicos as espécies que apresentaram maiores alturas foram Trema micrantha (L.) Blume com 3, 57 m, Croton urucurana Baill. com altura média de 225,7±0,86 m, seguido de Luehea divaricata Mart. & Zucc. com 1,38±0,26 m ambas com 100% de viabilidade. Quanto ao diâmetro, tem-se C. urucurana com valor médio de 29,5±8,9 cm, Cedrela fissillis Vell. com 18,14± 5,28 cm. As espécies que tiveram a maior taxa de mortalidade foram Myrcianthes pungens (O. Berg) D. Legrand, Cordia americana com 100%, seguida de Trema micrantha com 75%. O estudo mostrou que a C. urucurana, Luehea divaricata e Cedrela fissillis, são espécies que podem ser recomendadas para recomposição florestal, pois foram as que mais se destacaram quanto aos valores de incremento em altura, diâmetro e viabilidade. As espécies Myrcianthes pungens, Cordia americana e Trema micrantha por apresentarem as maiores taxas de mortalidade necessitam de melhores estudos para serem ou não indicadas para plantios em projetos de restauração, pois apresentaram bastante sensibilidade às condições ambientais locais, principalmente no período inicial de desenvolvimento.