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Título
REDE DE INTERAÇÃO PLANTA-POLINIZADOR NA MATA ATLÂNTICA: ESPÉCIES GENERALISTAS VERSUS ESPECIALISTAS

Aluno: Caroline Ribeiro - PIBIC/CNPq - Curso de Ciências Biológicas (N) - Orientador: Isabela Galarda Varassin - Departamento de Botânica - Área de conhecimento: 20500009 - Palavras-chave: restauração; rede de interações; transporte de pólen - Coorientador: Jana Magaly Tesserolli de Souza.

Iniciativas de restauração de biomas têm sido realizadas no mundo inteiro, acompanhadas de estudos sobre a dinâmica do restabelecimento dos serviços ecossistêmicos. O serviço de polinização tem sido utilizado como uma ferramenta para avaliar o sucesso das práticas de restauração ecológica, e tem sido estudado sob uma perspectiva de redes de interações. Redes de visitação floral (RVF) informam a quantidade, qualidade e regularidade na oferta de recursos florais; redes de transporte de pólen (RTP) informam o potencial de polinização da planta. Este trabalho foi desenvolvido na RNMM e RNRC, SPSV, em Antonina-PR, onde ocorre restauração por regeneração natural e por reflorestamento. Foram estudadas interações estabelecidas por seis espécies de abelhas, selecionadas de acordo com o grau (k) estimado em observação focal, compondo gradiente de interações. Para o registro das interações foram realizadas observação focal e análise de transporte de pólen. A análise e a identificação do pólen foram realizadas através de microscopia eletrônica de varredura e catálogo polínico de referência. Foram construídas uma matriz quantitativa de interações para a observação focal e duas para o transporte de pólen, diferenciando o local de transporte - forrageio/polinização. Para cada matriz construiu-se uma rede, sendo calculados o k e o índice de especialização das espécies d´, no programa R, pacote bipartite. A RTP tendeu a ser mais complexa que a RVF, devido ao registro de maior número de interações com diferentes espécies. Ocorreram interações com espécies não registradas durante a observação focal, aumentando o k das espécies, além da frequência de interação. As espécies apresentaram valor de d' semelhante, porém não houve concordância do d´ das abelhas entre as redes. O uso do recurso floral pelas abelhas variou temporalmente, tanto na RVF quanto na RTP. Os dados descritos acima se assemelham aos resultados de outros estudos que empregaram a análise de redes para avaliar o sucesso do restabelecimento da polinização. O estudo do pólen transportado pelas abelhas complementa as informações de observação focal e fornece dados que representam mais fielmente o serviço de polinização, dado que nem todas as abelhas carregam pólen da última planta visitada e muitas carregam pólen de outras plantas, não registradas na observação focal.