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Título
PESQUISA DOS DESENHOS, PINTURAS E FOTOGRAFIAS DO ACERVO DO MUSEU DE ARTE DO PARANÁ, MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA E MUSEU DE GRAVURA

Aluno: Isadora Buzo Mattiolli - IC-Voluntária - Curso de Artes Visuais - Bacharelado (T) - Orientador: Stephanie Dahn Batista - Departamento de Artes - Área de conhecimento: 80300006 - Palavras-chave: obesidade; nudez; gênero - Colaborador: Erica Storer de Araújo, Ana Paula Aguiar Clemente, Iuska Volski Mota.

Sob o título "O corpo no palco da obesidade: pesquisa dos desenhos, pinturas e fotografias do acervo do Museu de Arte do Paraná, Museu de Arte Contemporânea e Museu de Gravura"; esta pesquisa desvenda as facetas e possibilidades em representação artística do corpo obeso, a partir do recorte temático do nu feito nos acervos públicos dos museus da cidade de Curitiba, no Paraná. O levantamento feito nestes acervos se estruturou a partir de obras de arte bidimensionais e estudos com representações de corpos nus, num recorte temporal do final do século XIX até a contemporaneidade. O corpo obeso que deriva desta catalogação é tomado neste estudo sob o paradigma da abjeção e da marginalidade dentro de um contexto social e cultural normativo que busca sua moralização e padronização. O corpo obeso e nu deixa a mostra dobras e vincos de um corpo que não é idealizado, de acordo com Edma Góis. Como objeto artístico, o corpo é sede de discursos e concepções de valores e normas sociais, que nos falam por não se tratarem nunca de representações neutras, e sim de representações inseridas socialmente e com inscrições de gênero. As fontes desta pesquisa carregam discursos, além de serem agentes na construção de novos diálogos e paradigmas. O ponto de partida é o trabalho "A natureza da vida" da performer e fotógrafa londrinense Fernanda Magalhães, com obras em acervo no Museu Oscar Niemeyer (Curitiba - PR), que reivindica o lugar da mulher gorda em espaços públicos, trabalho com caráter político que problematiza a questão do abjeto por sua transgressão. As questões levantadas foram feitas com a intenção de verificar os cenários, cercear as performatividades deste corpo obeso em representação, que passam por perspectivas de gênero, biologia e cultura; além de por em questão essa existência marginal e abjeta do corpo obeso, sua condição inassimilável, porém transgressora, no entendimento dos autores Georges Bataille, Julia Kristeva e Judith Butler.