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Título
MARCADORES ELETRÔNICOS NO JUNDIÁ (RHAMDIA QUELEN)

Aluno: Leonice Aparecida Rozalem - PIBIC/Fundação Araucária - Curso de Tecnologia em Aquicultura - Pontal do Paraná (MT) - Orientador: Fabiano Bendhack - Departamento de Aquicultura - Área de conhecimento: 50603043 - Palavras-chave: microchip; pit tag; desempenho zootécnico - Colaborador: Leonice Aparecida Rozalem, Waleska Dembiski Papoulias, Fabiano Bendhack.

O jundiá, Rhamdia quelen, é uma espécie considerada atraente para a piscicultura. Mesmo com muitos esforços, o cultivo dessa espécie ainda tem esbarrado na falta de organização de programas de reprodução e melhoramento genético. A marcação individual nos peixes é uma técnica fundamental para a realização desses programas. A análise da diferença de crescimento entre indivíduos somente pode ser avaliada quando os peixes são mantidos juntos, a fim de diminuir a influência dos fatores ambientais sobre o desempenho. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o tamanho do jundiá na eficiência da implantação de microchips eletrônicos e a influência da marcação sobre o desempenho zootécnico. O experimento foi realizado em sistema de recirculação de água em caixas de polietileno com capacidade de 310L. Os peixes foram aclimatados por 60 dias previamente ao período experimental e alimentados duas vezes ao dia durante todo o processo. O período experimental iniciou com biometria de 144 peixes que logo após foram distribuídos em dois grupos de tamanhos diferentes, sendo o lote menor (P) com peso médio de 10,86 ± 1,36g e o lote de peixes maiores (G) 18,56 ± 3,19g. Nos dois grupos (P) e (G) um subgrupo foi submetido à implantação de microchips e no outro não, formando os tratamentos experimentais: com chip (C) e sem chip (S). Para a implantação foram utilizados microchips eletrônicos com tamanho padrão de 10mm. Após o fim do período experimental (28 dias), os índices de desempenho zootécnico (ganho de peso, fator de condição, taxa de crescimento especifico, conversão alimentar e sobrevivência) foram avaliados. A qualidade da água foi monitorada diariamente e manteve-se dentro da faixa adequada para a espécie. Avaliando os resultados, foi possível observar que houve diferença significativa na taxa retenção dos microchips entre os peixes de tamanhos diferentes (P <0,05), com uma taxa de 80,6% para os peixes do grupo GC, já os peixes do grupo PC obtiveram taxa de 61,1% de eficiência na retenção. Dentre os parâmetros de desempenho avaliados não houve diferenças entre os peixes com e sem implantação de microchips, por outro lado, entre os peixes de tamanhos diferentes foi possível verificar diferenças entre o ganho de peso e fator de condição, resposta esperada para peixes de diferentes tamanhos, o que justifica a escolha do delineamento experimental em blocos casualizados. Com esses resultados concluímos que a implantação de microchips não interfere no crescimento, porém o tamanho do peixe alterou a retenção do microchip no jundiá.