Autor(es) do Trabalho: André Kugler, Franciane Virmond Carvalho, Jéssica Medeiros Haas, Guilherme Porto de Oliveira, Juliana Lourenço Martins, Kelwin Santos da Cruz, Laiza Aparecida Duarte, Patrícia de Fátima Giembra, Mário Cerdeira Fidalgo, Rogério Goulart da Silva, Maria Regina Ferreira da Costa
Nome do Orientador: Maria Regina Ferreira da Costa
Atividade formativa: PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Setor de Ciências Biológicas
Curso: Educação Física (Licenciatura) (MT)
Área Temática: Educação
O objetivo é refletir a atuação das meninas praticantes de futsal como referência às demais meninas na escola e, ao mesmo pensar um modo distinto de educar os meninos que convivem com a liderança feminina. Desde pequenas as meninas aprendem como devem se comportar e a escola corrobora indicando quais comportamentos são adequados a um e outro sexo. A partir de um trabalho realizado pelo professor supervisor do PIBID Educação Física da Escola Estadual Ernani Vidal com o treinamento de futsal, estas têm lutado pelo direito de participação nas aulas de Educação Física reivindicando igualdade de espaço e práticas, questionando a “inatividade” ou “desinteresse” das meninas nas aulas mistas e, liderança na organização do grêmio estudantil. Na relação alunas-conteúdo estas se envolvem ativamente e principalmente nas práticas esportivas. Um fato que talvez eleve esse comportamento seja a boa relação com o professor. Observamos que elas reconhecem e o valorizam: a forma como ensina, postura, dedicação, autonomia, isto é, o compromisso com o trabalho. Como assinala Moreno (1999) a função da escola é ensinar a pensar e quando as meninas tomam consciência de sua submissão conseguem vislumbrar suas potencialidades e, incentivadas ganham confiança em si enfrentando assim a educação estereotipada que limita a mulher à posição secundária. Cabe ressaltar que as aulas mistas deveriam incentivar meninos e meninas a aprender e a se relacionar, mas de um modo geral, utiliza a pedagogia do gênero que é de neutralização das meninas. Tal como adverte Daolio (1999) sobre o processo de “antalização” das meninas influenciado por valores estereotipados para um e outro sexo. Porém, na relação alunas-alunos elas de certa forma “assustam” os meninos e o fazem porque demonstram vontade, habilidade e reivindicam espaço nas aulas de Educação Física. Cabe lembrar que os meninos estão acostumados com a hegemonia nas práticas e o comportamento feminino de liderança rompe com a educação de que o feminino e o que o envolve é inferior ou inferiorizado pela cultura e, portanto, deve ser rejeitado na educação masculina. Há um diferencial na escola e esta experiência de valorização do feminino que faz a diferença e empoderam as meninas, incentivando-as nas ações, decisões, resistência como estratégia para romper fronteiras do gênero. Ao mesmo tempo nos remete a educação da relação entre os sexos, sem primeiros e nem segundos pautado no respeito e reconhecimento da diversidade e diferença.
Palavras-chave: pedagogia do gênero; educar em relação; empoderamento.
MENINAS COMO REFERÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NA ESCOLA