Autor(es) do Trabalho: Allison Martinelli, Camila Andretta de Melo, GilsonLitka, Maria Regina Ferreira da Costa, Matheus Souza dos Santos, Rogério Goulart da Silva, Thayana Ribeiro da Cruz
Nome do Orientador: Maria Regina Ferreira da Costa
Atividade formativa: PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Setor de Ciências Biológicas
Curso: Educação Física (Licenciatura) (MT)
Área Temática: Educação
Brincadeiras de meninos e meninas - direitos e papel social da mulher surge da orientação da Secretaria Municipal de Educação (SME) para elaboração de propostas com enfoque sobre o Dia Internacional da Mulher. Tendo presente as orientações e dificuldades de relacionamento entre os sexos, a professora supervisora e bolsistas PIBID Educação Física do CEI Júlio Moreira desenvolveram atividades questionando a naturalização dos papéis e comportamentos femininos e masculinos visando a desconstrução dos estereótipos de gênero com alunos/as dos 5º anos. A temática das relações de gênero emergiram nos comentários de meninos/as que demonstraram interesse nos discursos sobre machismo, homofobia, violência doméstica e submissão feminina. No desenrolar da reflexão uma aluna insistia que o futebol é exclusivamente de meninos, e o vôlei para meninas, e como argumento para defesa utilizou, como argumento, a citação de uma de suas professoras: “o futebol é coisa de menino sim e que meninas não deveriam praticar esse esporte”. Observamos no discurso a resistência e naturalização do gênero que institui e delimita espaço e prática para meninos/as e está presente de modo inconsciente no discurso docente que perpetua o domínio do masculino sobre o feminino. Louro (2000) assinala que as instituições e suas práticas ensinam certas concepções fazendo com que condutas sejam aprendidas e interiorizadas, tornando-as quase “naturais”. São os adultos que esperam e agem para que meninos/as se adequem a um modelo de ser. Neste contexto, houve exaltação da heteronormatividade nas falas: “gay, vadia, lésbica” utilizadas nos conflitos entre os sexos para depreciar o outro permeados pela violência física. A mediação docente foi fundamental para compreender/reconhecer as diferenças de ser, assim como a existência de diferenças entre o próprio sexo. Alunos/as compreenderam a importância da participação da mulher na sociedade e esporte como forma de visibilidade, principalmente em atividades ditas masculinas. Contudo, persiste comportamentos violentos, machistas, homofóbicos nas expressões. Nas brincadeiras há múltiplas relações que poderiam possibilitar a desconstrução naturalizada dos papéis sexuais. Porém a mediação é fundamental para incentivar meninos/as questionarem as ações discriminatórias que promovem e naturalizam a desigualdade.
Palavras-chave: relações de gênero; sexualidade; estereotipia.
BRINCADEIRAS DE MENINOS E MENINAS: EXPERIÊNCIA NO CEI JÚLIO MOREIRA