Autor(es) do Trabalho: Aline Maria de Almeida Lara; Diogo Camargo Pires; Elaine Paduch; Patricia Aparecida Moldel
Nome do Orientador: Valdir Frigo Denardin
Atividade formativa: PET - Programa de Educação Tutorial
 Setor Litoral
Curso: Gestão e Empreendedorismo (Setor Litoral) (N) Área Temática:  Trabalho

O grupo PET Comunidades do Campo desenvolve ações nas feiras livres do litoral paranaense integrando ensino, pesquisa e extensão com as demandas da sociedade, estabelecendo mecanismos que inter-relacionam o saber acadêmico ao popular, efetivando o comprometimento da comunidade universitária com interesses e necessidades dos produtores rurais. O trabalho objetiva realizar um diagnóstico sobre feiras livres no Litoral do Paraná, Matinfeira e Catedral, apresentando vantagens e desvantagens da comercialização através dos circuitos curtos, identificando o perfil dos produtores e consumidores das respectivas feiras. A construção deste trabalho permeou por três fases, a primeira constitui a revisão bibliográfica sobre circuitos curtos de comercialização, a segunda fase foi coleta de dados junto às feiras citadas. A última, tabulação e análise dos dados, o intuito é identificar semelhanças, vantagens e desvantagens dos circuitos curtos. Para Ribeiro et al. (2003), a função social da feira-livre é fortalecer a Agricultura Familiar, por meio da valoração dos produtos e a colocação regular da produção no mercado, devido ao encurtamento da cadeia comercial. Anjos et al. (2005) defende que a feira proporciona remuneração condizente com recursos disponíveis, próprios da economia informal, como pequenos estoques, custos fixos desprezíveis e publicidade nula. Como resultado, o equipamento feira propicia a comunidade onde está inserida a oferta de produtos essenciais a preços acessíveis. A compilação dos dados permitiu visualizar essas potencialidades e problemáticas. Podemos citar positivamente as relações sociais e troca de saberes entre consumidores e feirantes; organização interna (estatuto), a venda direta produtor-consumidor elimina o intermediário e agrega valor aos produtos, permitindo a permanência das famílias no campo. É comum a percepção por parte dos consumidores, que a qualidade dos produtos oferecidos na feira é superior, peculiaridade não encontrada em outros meios de comercialização. Em contrapartida, é quase unânime a ausência de apoio do poder público no funcionamento das feiras, identificamos dificuldades comuns entre feirantes, na logística, na certificação de produtos e documentações. Observou-se que a faixa etária média dos feirantes é superior a quarenta anos, podendo caracterizar um reflexo do êxodo rural jovem, que comprometeria a continuidade das feiras. Dentro dessa singularidade é evidente a complexidade e as dimensões socioculturais onde todos detém um objetivo compartilhado, a organização e a participação social.

Palavras-chave: Circuitos Curtos; Feiras Livres; Agricultura Familiar.

COMPREENDENDO AS FEIRAS LIVRES DO LITORAL PARANAENSE: O CASO MATINFEIRA E CATEDRAL