Autor(es) do Trabalho: Ângela Luiza Cunha Legey
Nome do Orientador: silvia emiko shimakura
Atividade formativa: PET - Programa de Educação Tutorial
Setor de Ciências Exatas
Curso:Estatística (N)
Área Temática: Saúde
Este trabalho teve como objetivo estudar potencias fatores prognósticos para sobrevivência em pacientes HIV positivos. Os dados referem-se aos prontuários clínicos de pacientes portadores de HIV diagnosticados entre 1986 até 2000, no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), Fiocruz, RJ. Uma amostra de 193 pacientes foi selecionada do registro do IPEC para este estudo. Os fatores de interesse foram: sexo (feminino e masculino), o grau de escolaridade (nenhum, fundamental, médio e superior) e tipo de tratamento (nenhum, monoterapia, combinada e potente). As variáveis resposta foram: tempo (dias de sobrevivência entre o diagnóstico até o óbito), e o status (censura e óbito). Dos 193 acompanhados, temos 49 mulheres e 144 homens, tendo assim uma relação de uma mulher para cada três homens. Quanto ao tipo de tratamento:44 (23%) estavam sem nenhum tratamento, 100 (52%) com monoterapia, 35 (18%) com terapia combinada e 14 (7%) com tratamento potente. Conforme o status tivemos 103 (53%) censuras e 90 (47%) óbitos. O tempo mediano de vida destes pacientes foi de 1247 dias, com intervalo de (992, 8) com 95% de confiança, obtido pelo método do estimador de Kaplan-Meier. Ao separarmos as análises por sexo temos 16 (33%) eventos para as mulheres e 74 (51%) eventos para os homens, assim sendo impossível calcular o tempo mediano de vida para as mulheres, pois menos da metade (do total de 49) havia morrido até o final do estudo, e para os homens é de 1116 dias, com um intervalo de (887 a 1563) com 95% de confiança. Segundo o grau de escolaridade, os dados concentraram-se para pacientes do ensino médio, com 27 (32%) casos. Aplicando o teste Peto & Peto, com modificação sugerida por Gehan-Wilcoxon, indicado para este caso, temos p=0.738, sendo assim insignificante a diferença de sobrevivência segundo o grau de escolaridade. Outra conclusão é em relação ao tipo de tratamento. Utilizando o teste Log-Rank, obtemos p<0.0001, rejeitando a hipótese nula de igualdade das curvas de sobrevida para os diversos tratamentos, e concluímos que o tempo de sobrevida muda de acordo com o tratamento utilizado. A sobrevivência é diferente de acordo com o gênero. Também aplicando o teste Log-Rank, entre homens e mulheres, temos p=0.0447 indicado uma diferença na sobrevivência entre homens e mulheres, em que as mulheres sobrevivem mais que os homens.
Palavras-chave: Análise de sobrevivência; saúde; HIV positivo.
ANÁLISE DE SOBREVIVÊNCIA APLICADA A PACIENTES HIV POSITIVOS