Autor(es) do Trabalho:Bruna Mayra Zonta; Lucas André Nobre Luz; Fernanda de Freitas; Emanuèlle Sanches Bueno Veronesi; Deise Prehs Montruchhio; Milene Zanoni da Silva Vosgerau
Nome do Orientador: Milene Zanoni da Silva Vosgerau
Atividade formativa: PET - Programa de Educação Tutorial
Setor de Ciências da Saúde
Curso:Farmácia (MT)
Área Temática: Saúde

Procurou-se compreender o padrão de aquisição de medicamentos psicoativos adquiridos do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Colombo-PR, caracterizando o consumo por faixa etária, sexo, quantidade, classe terapêutica e tempo de tratamento. O delineamento do estudo foi descritivo retrospectivo.A coleta de dados foi realizada por meio dados secundários obtidos de fichas de acompanhamento farmacoterapêutico para controle de dispensação de psicoativos em farmácia pública da Rede de Atenção à Saúde de Colombo-PR, do período de julho de 2012 à junho de 2013. Esta pesquisa foi aprovada no comitê de ética segundo parecer 499.662/2013.A partir de 3347 fichas de tratamento farmacoterapêutico sistematizadas foi possível apontar que a média de idade dos usuários de psicotrópicos foi de 48 anos, sendo que a faixa etária adulta (20 a 59 anos) representa 70% do consumo, enquanto crianças (0 a 9 anos) representam 2%. Quanto ao sexo, as mulheres adquiriram mais da metade dos medicamentos psicoativos dispensados (63%), sendo que destas, 45,7% (961) se apresentam em idade fértil. Foi possível inferir também que 29,2% (977) utilizam terapia de três ou mais destes medicamentos, sendo que o máximo encontrado foi de 9 medicamento psicoativo utilizado concomitantemente. O tempo de tratamento com duração de mais de três anos representou 67% (1351) dos casos. Das classes terapêuticas de psicoativos mais dispensadas, os antidepressivos lideram as posições de consumo (53,9%), sendo que a taxa de consumo de fluoxetina encontrada foi de 41,4 a cada 100.000 habitantes. Os resultados apontam para um padrão de consumo pautado em adultos do sexo feminino, com tempo de tratamento maior que o esperado e aliado a polifarmacoterapia. Os resultados sugerem aumento de transtornos psíquicos, em especial a depressão, pela quantidade de antidepressivos dispensados. Este fato está de acordo com o perfil nacional e mundial. Além disso, permitem questionar se os serviços de saúde estão capacitados para promover a assistência e a atenção à pacientes com transtornos mentais com suporte não farmacológico, já que o modelo que ainda se encontra nos serviços de saúde é o da assistência curativista.

Palavras-chave: Psicoativos; SUS; Saúde mental.

PERFIL DE AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS PSICOATIVOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ENTRE MORADORES DE COLOMBO-PR