Autor(es) do Trabalho:Beatriz Patriota; Chayanne Federhen; Eliane Carneiro Gomes; Linda Tieko Kakitani Morishita
Nome do Orientador: Eliane Carneiro Gomes
Atividade formativa: PET - Programa de Educação Tutorial
Setor de Ciências da Saúde
Curso:Farmácia (MT)
Área Temática: Saúde
Os CAPs são serviços de saúde de atenção especializada para portadores de transtorno mental ou de necessidades devidas ao uso de drogas de abuso, que busca inseri-los socialmente, garantindo sua autonomia. São parte da Rede de Atenção Psicossocial que oferece cuidado integral a esses pacientes. O trabalho ocorreu no âmbito do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) do Ministério da Saúde. Objetivou conhecer o perfil dos usuários de um CAPs ADi de Curitiba-PR através de dados secundários do local, obtidos entre os meses de janeiro a março de 2014, sendo um estudo exploratório descritivo. Os encaminhamentos (Unidades de Saúde, Conselho Tutelar, outros) são o principal motivo da procura (84%), seguido de 9% de procura familiar e 5% de procura espontânea. O Distrito Sanitário (DS) mais presente foi o CIC (34%), seguido de Bairro Novo e Pinheirinho (14%, cada). A principal faixa etária é a de 14 a 17 anos (84%). Com relação ao grau de escolaridade: 71% tem Ensino Fundamental (EF), 16% Ensino Médio (EM), 5% Educação de Jovens e Adultos (EJA), 2% Escola Especial e 7% sem informações. Para 22% dos pais dos pacientes registra-se Ensino Fundamental Incompleto (EFI), mas 61% das fontes não tinham essa informação. Aspectos de moradia indicam que 84% dos pacientes reside com a família, 11% em abrigo, 2% na rua e 2% está em Casa de Semiliberdade. Casa própria é registrada para 27% dos usuários, enquanto 11% alugada, 11% está em abrigo e em 50% dos casos não havia a informação. Dados sobre renda familiar estavam ausentes ou não se aplicavam (abrigos) em 66%, mas para 18% a renda é de 1 a 3 salários mínimos. Quanto ao uso de drogas de abuso, podendo haver uso de mais de um tipo, a maconha aparece em 1º lugar (86% dos pacientes utilizam), seguida da cocaína (70%) e com 60%, cada, aparecem o álcool e o tabaco. O tempo de uso é de 3 ou 4 anos (28% das respostas). 57% dos jovens tem algum familiar envolvido com drogas de abuso (uso, dependência ou tráfico), sendo que alguns deles iniciaram o uso com os familiares. Notou-se que a relação com os estudos é conturbada, resultando em baixa escolaridade, quadro similar ao dos progenitores. Observou-se renda mais baixa, podendo estar relacionada à escolaridade. Há casos de problemas familiares e envolvimentos com atos infracionais. É importante perceber que o uso de drogas de abuso inicia cedo e envolve principalmente substâncias ilícitas. Conhecer o perfil dos pacientes permite o melhor direcionamento das ações de saúde e a reflexão sobre os aspectos sociais que estão envolvidos com a história desses sujeitos.