Autor(es) do Trabalho: Bruna Venturin Dal Prá, Cleverson Martins, Erika Amano
Nome do Orientador: Erika Amano
Atividade formativa: Outros Projetos
Setor de Ciências Biológicas
Curso: Ciências Biológicas (M)
Área Temática: Tecnologia e Produção
Malva sylvestris é uma planta medicinal com propriedade anti-inflamatória comumente utilizada no tratamento de afecções de boca e garganta, como dores de dente, aftas, inflamações de gengiva e periodontites. No Brasil, é conhecida como “malva”, e seu uso têm sido estimulado por políticas públicas, inclusive sendo considerada uma planta oficial com seus parâmetros de qualidade micro e macroscópicos descritos na Farmacopéia Brasileira. Porém, de acordo com a nomenclatura popular e regional, 21 outras plantas também são conhecidas como “malva” no Brasil, entre elas a Sida cordifolia (“malva-branca”) e o Pelargonium graveolens(“malva-cheirosa”). Portanto, o controle de qualidade através de análises micromorfológicas é muito importante, na medida em que a similaridade de nomenclaturas pode levar tanto o paciente quanto o clínico a enganos no momento da dispensação ou consumo. Adicionalmente, plantas medicinais em geral são fornecidas na forma de material vegetal seco rasurado ou em pó, complicando ainda mais a avaliação morfológica e a distinção entre espécies. O objetivo deste estudo foi avaliar a micromorfologia foliar de amostras comerciais de “malva” e classificá-las de acordo com a espécie a que pertencem. Amostras comerciais (folhas secas) de “malva” (n=60) foram adquiridas em diferentes regiões do Brasil e estavam originalmente rotuladas como: M. sylvestris ou “malva” (n=49); S. cordifolia ou “malva-branca” (n=7) e P. graveolens ou “malva-cheirosa” (n=4). As amostras foram analisadas em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Para a confecção das secções, as amostras foram incluídas em polietilenoglicol 1500, seccionadas em micrótomo rotativo e corados com azul de Astra e safranina, montadas em lâminas semi-permanentes em gelatina glicerinada. Para observações em microscopia eletrônica de varredura, as amostras foram fixadas em suportes metálicos e cobertas com ouro. Entre as amostras rotuladas como M. sylvestris ou “malva”, somente 37% foram classificadas como M. sylvestris pela confirmação micromorfológica. Dessa forma, os resultados mostram a aplicação das análises microscópicas na diferenciação de espécies de “malva” e na verificação de inconformidades em amostras comerciais.