Autor(es) do Trabalho: Amanda Lopacinski; Gerson Luiz dos Santos Junior
Nome do Orientador: Djanira Aparecida da Luz Veronez
Atividade formativa: Outros Projetos
Setor de Ciências Biológicas
Curso: Biomedicina (MT)
Área Temática: Saúde
A depressão é hoje um importante problema de saúde pública. Ela atinge milhões de pessoas ao redor do mundo, culminando em aproximadamente cerca de 1 milhão de suicídios por ano. Somente no Brasil, são cerca de 13 milhões de pacientes depressivos. O quadro depressivo é caracterizado pelo extremo estado de tristeza, pela presença de anedonia, a qual é a perda de prazer e interesse pelas atividades rotineiras e a dificuldade de concentração e sentimento de culpa excessiva também é presente. O hipocampo é uma das várias estruturas límbicas que têm sido estudadas extensivamente em indivíduos com depressão. Imagens de ressonância magnética mostraram, consistentemente, uma redução no volume hipocampal e também a frequência dos episódios depressivos e o quão longo o episódio permanece sem tratamento se correlacionam com a magnitude da redução do volume hipocampal. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é desenvolver uma correlação fisiopatológica do hipocampo com diferentes quadros depressivos. Para isto, foi desenvolvido um vasto levantamento bibliográfico a partir de consultas na literatura biomédica e em artigos científicos publicados nas principais fontes de dados como periódicos Scielo, Pubmed e ScienceDirect a partir do cruzamento das palavras chave: hipocampo, depressão e neurogênese. Uma das principais razões do foco, direcionado a neurogênese hipocampal adulta na depressão, foi a observação de que a maioria dos antidepressivos e alterações ambientais estimulavam a neurogênese. Algumas pesquisas relatam a redução no hipocampo, onde efeitos de hormônios na proliferação celular e neural poderiam estar relacionados com essa perda de neurônios, hormônios glicocorticoides demonstraram ter um profundo efeito negativo na proliferação celular hipocampal. O cortisol, um glicocorticoide, relacionado a fenômenos de estresse, tem sido alvo de teorias relacionando o ambiente a alterações bioquímicas neuronais. Deste modo, o estresse seria o agente casual mais significante na etiologia da depressão, com exceção da predisposição genética. Assim, a formação hipocampal é uma das duas regiões cerebrais onde uma robusta neurogênese continua na fase adulta e as células nervosas da formação hipocampal estão entre as mais sensitivas aos efeitos deletérios do estresse.