Autor(es) do Trabalho: Augusto Schritke de Jesus; Daniela Paula Faria; Paula Rayssa Dias Alves
Nome do Orientador: Elaine Cácia de Lima Frick
Atividade formativa: Programa Licenciar
Setor de Ciências da Terra
Curso: Geografia (M)
Área Temática: Meio Ambiente
Na tentativa de tornar cada vez mais próximos a teoria e a realidade, o ensino da geografia tem incessantemente se reinventado, e aprimorado suas técnicas de abordagem. Neste sentido, a aula de campo vêm representando um importante instrumento de ensino na construção de uma formação sólida do ensino da geografia, como um meio de compreender gradualmente o espaço geográfico que está em constante transformação. Callai (2001), acredita que os conteúdos de geografia tendem a valorizar as paisagens e fenômenos distantes da realidade do aluno, em detrimento das experiências vividas, tornando-se um desafio, a compreensão deste sistema complexo, baseado somente em teoria. Sendo assim, fazer trabalho de campo representa, um momento do processo de produção do conhecimento que não pode prescindir da teoria, sob pena de tornar-se vazio de conteúdo, incapaz de contribuir para revelar a essência dos fenômenos geográficos. Neste sentido, o trabalho de campo não pode ser mero exercício de observação da paisagem, mas parte desta para compreender a dinâmica do espaço geográfico, num processo mediado pelos conceitos geográficos (Alentejado e Rocha-Leão - 2006, p. 57). Inseridas neste contexto, as unidades de conservação se tornaram ferramenta de trabalho na iniciação a docência do Projeto Expedições Geográficas, pela sua importância socioambiental quase que desconhecida pela sociedade. Visando diminuir esta distância, e fomentar cada vez mais o uso destes bens públicos, as práticas realizadas neste trabalho abordou temas relacionados a Geografia usando como campo – escola o Parque Estadual do Guartelá, localizado no município de Tibagi – PR, por meio de quatro expedições oferecidas a duas escolas públicas da cidade de Curitiba, realizadas entre 2013 e 2014. A atividade se baseia em etapas de “pré campo”, “campo”, e “pós campo”, de modo a garantir uma perfeita assimilação de conteúdo por parte do aluno, tanto na teoria, quanto na prática. Admitiu-se também o uso de caderneta de campo, e mapa mental como metodologias de ensino. Os resultados são positivos, no que diz respeito à assimilação de feições geomorfológicas estruturais e esculturais, vegetacionais e socioambientais, demostrando a eficácia da tratativa para o ensino da geografia. Também verificou-se a possibilidade gerada pelo projeto, de tornar acessíveis, estes remanescentes de floresta e formações, a alunos de baixa renda, que pela distância da capital, se tornaria uma atividade pouco viável.
Palavras-chave: Aula em campo; Ensino da Geografia; Unidades de Conservação.
O USO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO COMO CAMPO – ESCOLA NO ENSINO DA GEOGRAFIA: ESTUDO DE CASO DO PARQUE ESTADUAL DO GUARTELÁ