Autor(es) do Trabalho: Marcelo Valério; William Junior do Nascimento; Leda Maria Saragiotto Colpini; Juliana Verga Shirabayashi; Ivanilda Higa; Ester Zitei Pinto; Fernanda dos Santos Aguileri Leite; Lucas Pereira Arruda
Nome do Orientador: MARCELO VALÉRIO
Atividade formativa: Programa Licenciar
Campus Avançado Jandaia do Sul
Curso: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS (N)
Área Temática: Educação
Nossa iniciativa promove e subsidia diálogos formativos e parcerias de trabalho didático entre os/as professores/as da rede pública de ensino e os estudantes de licenciatura em Ciências Exatas do campus avançado Jandaia do Sul da UFPR (habilitações em Física, Química e/ou Matemática). A estruturação desse coletivo pedagógico viabiliza o estudo, planejamento, criação e execução de práticas investigativas inovadoras no ensino das ciências da natureza e da matemática (alinhado ao proposto por BORGES, 2002). O trabalho é desenvolvido por três bolsistas que atendem/apoiam professores/as da rede pública por meios digitais e presencialmente em reuniões mensais. Nesse viés exploratório, os/as bolsistas visitam as escolas e se reúnem com a docência/gestão escolar para colher informações sobre o contexto e as atividades/conteúdos vigentes, a partir do que são organizados os processos de intensa pesquisa bibliográfica e aprofundamento teórico no conteúdo, até chegar à produção das atividades investigativas que posteriormente são oferecidas como possibilidades de trabalho às escolas. Como resultado, resgata-se e se incentiva o uso de espaços e práticas investigativas pelas escolas e professores em momentos anteriores, atualizando-as teórica e metodologicamente; ao tempo que se incrementa o interesse, a motivação e o desempenho escolar dos alunos/as nessas áreas. Do prisma da licenciatura a contribuição se refere a formação de profissionais de educação que superam a dicotomia teoria-prática no ensino das ciências e matemática, evitando concepções de inexorabilidade da necessidade de espaços e tempos específicos às atividades investigativas. O projeto não superestima o valor do ensino prático e experimental, simplesmente estimulando a inserção das atividades e advogando cegamente o alcance de objetivos (como motivação extrínseca dos estudantes ou facilitação do conteúdo teórico), mas tenta evitar que essas ações sejam pouco utilizadas ou abandonadas na escola e que sejam silenciados o potencial dos estudantes, de seus/suas professores/as e da própria vivência prática como experiência educativa (HODSON, 1994). Desancora-se assim do paradoxo exposto nos questionários do PISA, de que os estudantes brasileiros/as são interessados e apoiadores/as das ciências – mais até que em países desenvolvidos –, mas não utilizam conhecimentos científicos em benefício próprio; e nesse oceano de naufrágios se oferece como uma pequena boia lançada àqueles que buscam fôlego extra para mudar a realidade do ensino de ciências e matemática no país.
Palavras-chave: atividades práticas, experimentais ou investigativas; escolas públicas; extensão universitária.
REVITALIZANDO ESPAÇOS E PRÁTICAS DO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS