Autor(es) do Trabalho: Nicole Kollross
Nome do Orientador: Geraldo Balduíno
Atividade formativa: Programa Licenciar
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
Curso: Filosofia (N)
Área Temática: Educação
O presente projeto de pesquisa propõe debater a presença da mulher na Graduação da Filosofia da Universidade Federal do Paraná, a partir do levantamento do número de alunas aprovadas pelo vestibular e, em análise comparativa, a porcentagem das quais efetivamente se graduaram no curso. Ao estabelecer este parâmetro, é plausível reconhecer uma diferença significativa entre o número de homens e mulheres, calouros e veteranos. O acesso às mulheres ao ensino superior é um direito básico adquirido muito recentemente, em especial no que se refere aos cursos de graduação de universidades públicas. Apesar desta primeira barreira estar, aos poucos, sendo superada através de uma massificação do acesso, a escolha por uma determinada área ainda é muito condicionada por estereótipos referentes às dicotomias das identidades de gênero. Em específico na graduação de Filosofia, um curso historicamente “tradicional” dentro da área de humanas, o número de mulheres tende a ser menor do que o de homens. Muito em parte, talvez, pela “naturalização” de construções socioculturais sobre o feminino; isto é, a implicação de que a partir de um dado sexo biológico (“fêmea”) se tem um equivalente obrigatório na identidade de gênero. E que esta, aliás, apresenta características, vivências e tendências determinadas e condicionantes. Se o perfil pressuposto ao graduando da Filosofia conter em si, por diferentes processos, valorações tendenciosamente positivas ao masculino, o número de calouras ou “formandas” será necessariamente menor. Noutras palavras, menos mulheres irão se identificar com esta área de saber, ao menos o suficiente para prestar vestibular para o curso. Ou mesmo, já cursando, talvez não se achem aptas o suficiente para o concluir (o que pode levar a evasão). A partir da análise destes dados, são vislumbradas, inclusive, ações afirmativas de apoios às alunas. Por exemplo, pode ser divulgado a todos e, a partir de então – em um exercício coletivo – fazer a desconstrução das identidades de gênero. Em específico, no que se referem aos limites impostos ao pleno amadurecimento acadêmico. Isto é, para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres, é necessário o reconhecimento da possibilidade de que há, sim, uma diferença de acesso aos recursos (objetivos e/ou subjetivos) necessários, dada a partir das relações de poder. Para o embasamento teórico, é feita uma revisão bibliográfica e de literatura, a partir dos enfoques da Filosofia da Educação e dos Estudos de Gênero.
Palavras-chave: Filosofia; Educação; Estudos de Gênero.
A PRESENÇA DA MULHER NA GRADUAÇÃO DE FILOSOFIA DA UFPR – DA APROVAÇÃO NO VESTIBULAR ATÉ A FORMATURA