Autor(es) do Trabalho: Priscila Schilipack
Nome do Orientador: Claudinei Taborda da Silveira
Atividade formativa: Estágio
 Setor de Ciências da Terra
Curso: Geografia (N)
Área Temática: Meio Ambiente

O evento de 11 de março de 2011, ocorrido em determinadas regiões da Serra do Mar Paranaense, foi desencadeado por um grande volume de chuva e deixou marcas na paisagem na forma de cicatrizes resultantes de processos geoambientais, como escorregamentos e corrida de detritos, nas vertentes, e corridas de lama associadas à inundação, na planície (Silveira, et. al., 2014). O conjunto de processos resultou em diversos prejuízos socioeconômicos à população residente, com a destruição de casas, lavouras e quedas de pontes, inclusive sobre a rodovia BR-277, além de danos à saúde e o óbito de um morador da região. Esse evento chama a atenção para a necessidade de mapeamento de áreas suscetíveis a processos geoambientais, trabalho que vem sendo desenvolvido no âmbito de estágio não obrigatório vinculado à instituição UFPR, através do Laboratório de Pesquisas Aplicadas em Geomorfologia e Geotecnologias (LAGEO). Partindo da ótica geomorfológica e do conceito de assinatura geomorfométrica, discorrido por Pike (1988), o estudo desenvolvido faz uso de atributos topográficos derivados de Modelos Digitais de Elevação (MDE), como declividade, plano de curvatura e índice topográfico de umidade e apoia-se em processamento digital de imagens, utilizando o classificador de Máxima Verossimilhança (MAXVER), para identificar áreas suscetíveis a esses processos na porção norte da Serra da Prata. A amostragem foi determinada por retroanálise, a partir da extração das cicatrizes dos processos geoambientais, feita com base em uma imagem de satélite disponível, WorldView1, com data de 05 de maio de 2011, e resolução de 0,6m. Utilizou-se para a validação dos resultados o método de matriz de confusão, na qual foram avaliados os erros de omissão e os erros de inclusão (Centeno, 2003). Os escorregamentos e as corridas de lama associadas à inundação apresentam uma melhor resposta no que se refere à combinação das áreas atingidas mapeadas e o resultado do processamento. A corrida de detritos ainda mostra-se como um desafio para identificação, pois suas características morfométricas são diferentes em sua extensão de ocorrência, o que resulta em uma classificação de baixa qualidade, necessitando de novos ajustes de método e avaliação de atributos topográficos que deem melhor resposta.

Palavras-chave: Escorregamentos, Corrida de Lama e de Detritos, MDE.

IDENTIFICAÇÃO DE SUSCETIBILIDADE À PROCESSOS GEOAMBIENTAIS NA SERRA DA PRATA COM EMPREGO DE ATRIBUTOS TOPOGRÁFICOS E USO DE CLASSIFICADOR MAXVER