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Aluno - Lucas de Pelli Senes - LACTEC - Curso de Geografia (N) - Orientador : Tânia Lúcia Graf de Miranda - Departamento de Geografia.
Título
A ANÁLISE DA PAISAGEM
REALIZADA A PARTIR DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS, COMO SUPORTE A NOVAS ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO
Área de conhecimento: 10705058 - Palavras-chave: paisagem; sistema de informações; conservação geográfica - Coorientador: Robson Odeli Espíndola Hack - Colaborador: Juliano José da Silva Santos, Gleiciane Fernanda de Carvalho, Ellen Christine Prestes Ferronato.
O presente trabalho tem como objetivo principal realizar uma análise da paisagem através da ferramenta SIG no entorno da área proposta para instalação do Complexo Eólio-Elétrico Campos Gerais (CEECG) com vistas à conservação da biodiversidade. Foram avaliados alguns atributos naturais: disposição dos remanescentes de vegetação nativa, tipologia vegetacional e ocorrência de espécies da fauna (herpetofauna, avifauna, mastofauna e quirópterofauna) com risco de extinção. A área estudada localiza-se na divisa dos municípios de Carambeí, Castro e Tibagi, no Estado do Paraná. O perímetro da área estudada delimita-se a Norte pela latitude 24°28'58,64", a Sul 24°48'07,29", a Leste 50°09'41,50" e a Oeste 50°22'11,29", compondo uma área total de 34.600,2 ha. Para o mapeamento foi utilizado o software de SIG ArcMap, 286 ortofotos em formato geotiff, resolução espacial de 13 cm, precisão na escala 1:1.000 PEC Classe A e confecção dos shapefiles em escala 1:800. O projeto tem como sistema de coordenadas o SAD 69 e sistema de projeção UTM, Fuso 22 Sul. Foram consultados para a classificação da vegetação (IBGE, 2012; RODERJAN et al., 2002; SANTOS, 2014) e para a fauna silvestre (FILHO, 2014; FERNANDES, 2014, HACK, 2014; CARVALHO, 2014). A vegetação nativa mapeada na área de estudo foi classificada em três classes: Campo Natural, 5.479,20 ha, (estepe stricto sensu, campos rupestres, estepe higrófila e cerrado), 4.171,39 ha de Floresta (Floresta Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, estepe gramíneo-lenhosa) e 6,17 ha de Árvores Esparsas (pequenos fragmentos florestais), representando 28% da área mapeada. Algumas espécies que ocorrem na área de estudo encontram-se ameaçadas de extinção a nível estadual (PARANÁ, 2010), segundo FILHO(2014) a serpente Ditaxodon taeniatus; segundo HACK (2014) o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), a onça-parda (Puma concolor) entre outras; de acordo com FERNANDES (2014) a água-cinzenta (Urubitinga coronata) e o curió (Sporophila angolensis) dentre sete espécies encontradas; segundo CARVALHO (2014) Sturnira tildae e Myotis riparius. Ainda HACK (2014) cita espécies criticamente ameaçadas de extinção no mesmo nível espacial, como a onça-pintada (Panthera onça), o queixada (Tayassu pecari) e o veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus). Apesar dos resultados serem preliminares, a área de estudo mostra-se como um espaço importante para a conservação de espécies nativas de flora e fauna. Nesse sentido a ferramenta SIG permite a análise regional da paisagem e possibilita a criação e conexão de áreas prioritárias para a conservação.