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Aluno - Mariana Saraiva Romani - LACTEC - Curso de Engenharia Ambiental (MT) - Orientador : Tania Lucia Graf Miranda - Departamento de Engenharia Ambiental.
Título
COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS DE CONTROLE QUÍMICO DE LIMNOPERNA FORTUNEI EM USINA HIDRELÉTRICA
Área de conhecimento: 20406037 - Palavras-chave: usina hidrelétrica; controle químico; métodos de tratamento - Coorientador: Camila Ghilardi Cardoso Fontanella.
O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), é um molusco bivalve, originário do sudeste asiático de grande potencial invasor. Seu primeiro registro na América do Sul foi em 1991, na Argentina e desde então vem se dispersando pelos rios. Além de danos ambientais, o L. fortunei pode causar grandes prejuízos econômicos. No caso das usinas hidrelétricas, pode se incrustar em diferentes estruturas e equipamentos, por isso é necessário tomar medidas de prevenção de novas introduções e controle pontual da espécie. O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes métodos de tratamento com o composto MXD100, empregado no controle do mexilhão na Usina Hidrelétrica Governador José Richa da Companhia Paranaense de Energia, localizada no rio Iguaçu, Paraná. O experimento foi construído nas instalações da usina, utilizando água do sistema de resfriamento, e consiste de tubulações com corpos de prova de aço carbono que simulam as condições do sistema de resfriamento da usina. Três diferentes tratamentos foram testados, os tratamentos 1 e 2 receberam a mesma concentração do produto, porém com frequência diária de aplicação diferente. O tratamento 3 seguiu a aplicação realizada no tratamento 1, porém durante junho e julho, meses de redução de temperatura, a concentração do produto foi reduzida pela metade. Adicionalmente uma linha de teste não recebeu tratamento algum funcionando como controle do experimento. O experimento foi realizado em dois ciclos anuais, o primeiro ciclo foi realizado entre novembro de 2011 e dezembro de 2012, e o segundo entre janeiro e novembro de 2013. Os corpos de prova coletados foram trazidos ao Laboratório de Biologia dos Institutos Lactec, onde foram analisados sob lupa a fim de verificar a presença de mexilhões adultos e quantificar fouling. Verificou-se que a aplicação de MXD100 não alterou a deposição de fouling nos corpos de prova que receberam os tratamentos, o produto, portanto, não apresentou eficiência na redução do fouling. O produto, entretanto, foi eficiente no controle de L. fortunei, pois os corpos de prova que receberam os tratamentos apresentaram menor densidade de indivíduos quando comparado aos corpos de prova que não receberam tratamento. A eficiência dos três tratamentos foi similar, todos apresentaram eficiência de mais de 90%, portanto, o tratamento 3 é considerado o mais vantajoso por diminuir em alguns meses quantidade de MXD100 aplicada e consequentemente reduzir os gastos com o controle da espécies.