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Aluno - Jéssica Rocha Sousa - Outro - Curso de Enfermagem (MT) - Orientador : Maria Helena Lenardt - Departamento de Enfermagem.
Título
DESEMPENHO COGNITIVO
E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DOS IDOSOS LONGEVOS
Área de conhecimento: 40400000 - Palavras-chave: independência funcional; cognição; idoso de 80 anos ou mais - Colaborador: Dâmarys Kohlbeck de Melo Neu Ribeiro.
Trata-se de estudo quantitativo transversal, cujo objetivo foi investigar a relação entre o desempenho cognitivo dos idosos longevos, usuários da atenção básica de saúde, no Miniexame do Estado Mental (MEEM) e os escores obtidos na Medida de Independência Funcional (MIF). O estudo foi realizado no domicílio dos longevos cadastrados em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS), em Curitiba-PR. A população total de longevos nas UBS é de 417 idosos e a amostra aleatória simples foi calculada com erro amostral de 4,67%, nível de significância 95% e resultou em 214 longevos. Os dados foram coletados por meio de aplicação do Miniexame do Estado Mental e da Medida de Independência Funcional no período de agosto a dezembro de 2013. As análises estatísticas foram efetuadas no software EpiInfo versão 6.04, por meio de testes de associação não paramétricos. Adotou-se nível de significância 95%, valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Foram respeitados os preceitos éticos de pesquisa em seres humanos conforme legislação vigente. Os resultados revelam que houve associação estatística entre alteração cognitiva e as seguintes categorias de avaliação da MIF: alimentação (p=0,004); controle de esfíncteres para fezes (p<0,001); mobilidade no leito (p=0,01); mobilidade para o chuveiro ou banheira (p<0,001); marcha (p=0,001); subir e descer escadas (p=0,002); compreensão (p=0,03); expressão (p<0,001); resolução de problemas (p<0,001). Mostrou tendência significativa a associação entre alteração cognitiva e uso do vaso sanitário (p=0,058); mobilidade para o vaso sanitário (p=0,07); interação social (p=0,06). Na associação entre alteração cognitiva e os domínios da MIF houve relação significativa apenas para MIF Motora (p=0,01). Infere-se que a alteração cognitiva está relacionada aos menores escores da MIF motora, logo a maior parte dos idosos são dependentes ou moderadamente dependentes para atividades de autocuidado, mobilidade e locomoção. Conclui-se, ainda, que apesar de não haver associação significativa à dimensão cognitiva da MIF, a alteração cognitiva se mostrou associada a todas às categorias de avaliação da MIF cognitiva, exceto a memória. O desempenho cognitivo e a funcionalidade são essenciais para avaliação de saúde dos idosos na prática da enfermagem gerontológica de excelência. Portanto, fica evidente a contribuição do presente estudo para a enfermagem, pois demonstrou a relação entre essas avaliações, as quais fundamentam a tomada de decisão para um plano de cuidados individualizado para os idosos.