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Aluno - Felipe Strapasson Lazzarotto - PIBITI/CNPq - Curso de Engenharia Industrial Madeireira (N) - Orientador : Graciela Ines Bolson de Muñiz - Departamento de Ciências Florestais.
Título
CARACTERIZAÇÃO DE MICRO E NANOFIBRILAS
Área de conhecimento: 50204009 - Palavras-chave: nanofibrilas; microfibrilas; caracterização - Coorientador: Silvana Nisgoski - Colaborador: " Rayra Flávia Grando Borzi; Andre Simon; Leticia da Silva Soler" .
A celulose é um biopolímero utilizado extensamente pela humanidade, seja na sua forma natural ou derivada. Os materiais da celulose de dimensões muito reduzidas como micro e nano partículas estão atraindo grande atenção devido à sua aplicação em diversos sistemas, variando dos nanocompósitos ao papel e aos dispositivos em vastas áreas da tecnologia e da ciência. A justificativa científica e tecnológica advém da necessidade cada vez maior da indústria de celulose produzir papel com propriedades ampliadas sobre as convencionais obtidas por processos de refinação e adição de substâncias químicas, além da diminuição dos impactos ao meio ambiente. Para o microfibrilamento da celulose foram utilizados processos diferentes, um químico, a hidrólise ácida do material, e dois mecânicos um com microprocessador e o outro com moinho de bolas. O material utilizado neste estudo foi polpa celulósica de Eucalyptus sp. branqueada industrialmente. A polpa na forma de papel cartão foi inicialmente desagregada manualmente para posterior processamento em um liquidificador de preparo de amostras Warning, até o ponto em que a amostra ficava semelhante a um algodão. A determinação da cristalinidade da celulose e dos derivados produzidos foi realizada no Laboratório de Óptica de Raios-X e Instrumentação da Universidade Federal do Paraná. O equipamento utilizado foi o difratômetro de Raios-X XRD-7000 da SHIMADZU. O objetivo deste trabalho foi o de investigar a estrutura cristalina da celulose obtida a partir de diferentes métodos de modificação - mecânicos e químicos. Para a hidrólise ácida manteve-se a mesma concentração e alterou-se os parâmetros de tempo de reação e temperatura e o índice de cristalinidade variou de 72,61 a 89,18%. Para o moinho de bolas utilizou-se corpos moedores de cerâmica e zircônia variando o tempo de permanência em 2 e 5 dias e houve uma variação do índice de cristalinidade de 41,07 a 61,49%. Para o microprocessador variou o numero de passagens pelo material dentro do moinho com uma rotação de 1000rpm e a variação do índice de cristalinidade reduziu com o aumento do número de passes variando de 82,53 a 79,45%. Os resultados indicam que o processo deve ser escolhido em função da aplicação da nanocelulose produzida uma vez que as características intrínsecas são diferentes.