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Aluno - Michelle Louise Zattera - LACTEC - Curso de Ciências Biológicas (M) - Orientador : Tânia Lúcia Graf de Miranda - Departamento de Ciências Biológicas.

Título VARIAÇÃO TEMPORAL DE DENSIDADE DE LARVAS DE LIMNOPERNA FORTUNEI APÓS INTRODUÇÃO ACIDENTAL EM USINA HIDRELÉTRICA

Área de conhecimento: 20503008 - Palavras-chave: densidade; larvas; usina hidrelétrica - Coorientador: Camila Ghilardi Cardoso Fontanella.

O mexilhão dourado, Limnoperma fortunei (Dunker, 1857) é considerado uma espécie invasora, originária da China. Esse molusco, pertencente à família Mytilidae, foi introduzido na América do Sul através da água de lastro de navios. A incrustação destes animais traz prejuízos às estruturas hidráulicas de usinas hidrelétricas acarretando o aumento dos gastos em paradas de manutenção, bem como a perda econômica relacionada à descontinuidade no fornecimento de energia. Além disso, são necessários realizações de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que suportem métodos físicos e químicos na remediação da problemática. Desta forma, o objetivo dessa pesquisa foi realizar a prospecção e o monitoramento de larvas de L. fortuneina Usina Hidrelétrica de Salto Osório (UHSO), no rio Iguaçu. A análise das amostras foi realizada sob lupa estereoscópica, com a contagem do número de larvas presentes e cálculo da densidade populacional por m3. Foram realizadas coletas de plâncton, na água do sistema de resfriamento da usina, de agosto de 2011 a março de 2014. O primeiro registro de larvas ocorreu somente em janeiro de 2013, em fevereiro não houve registros e a partir de março foi observado a incidência de larvas em todos os meses seguintes. A quantidade de larvas encontradas foi variável de acordo com os meses do ano e estações climáticas. Nos meses de maio a agosto de 2013 foram encontradas larvas de L. fortunei em baixa densidade, enquanto que nos meses entre dezembro de 2013 e março de 2014, a densidade larval foi alta. A pesquisa revelou dezembro como o mês de máxima densidade larval, equivalente a 1137,8 larvas/m³, e agosto como o mês de menor densidade, 0,5 larvas/m³. Tais resultados concordam com as variações de temperaturas características de cada estação climática do ano, bem como a biologia do invasor. Com isso, nos meses mais frios, pode-se notar a baixa densidade e nos meses mais quentes o seu expressivo aumento.