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Aluno - Martina Smaga - PIBITI/CNPq - Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (MT) - Orientador : David Alexander Mitchell - Departamento de Bioquímica.
Título
HIDRÓLISE DE PECTINA UTILIZANDO SÓLIDOS FERMENTADOS COM ATIVIDADE PECTINOLÍTICA
Área de conhecimento: 20800002 - Palavras-chave: hidrólise; pectina; fermentados - Coorientador: Nadia Krieger.
A hidrólise enzimática da pectina, um polissacarídeo presente na parede celular de vegetais, permite a produção de ácido D-galacturônico usando-se condições brandas de reação e sem a degradação do produto de interesse, vantagens não apresentadas no processo de hidrólise ácida. A produção de enzimas com capacidade de degradação da pectina pode ser feita utilizando-se resíduos agroindustriais como substrato para o crescimento de microrganismos que produzem as enzimas, o que proporciona a reutilização desses resíduos e a diminuição dos custos de produção. A fermentação realizada com o crescimento de um microrganismo em um substrato sólido e úmido, na ausência de água livre, é denominada fermentação em estado sólido, técnica que fornece maiores produtividades quando comparada à fermentação submersa. Em uma primeira etapa de estudos, foi analisado o efeito do uso de diferentes composições de substrato para a produção de enzimas pectinolíticas pela cepa Aspergillus oryzae CPQBA 394-12 DRM 01, que corresponderam a 70% de bagaço de cana, 30% de polpa cítrica e umidade de 70% em uma modalidade e 48,4%, 51,6% e 78,4%, respectivamente, em outra. Para esses ensaios, foram obtidas atividades enzimáticas iguais a 162,5 U/gSS (unidade de atividade enzimática por grama de sólido seco) e 134,4 U/gSS, respectivamente. Utilizando-se o teste estatístico de t-Student com um intervalo de confiança de 95%, foi confirmado que não existe diferença significativa entre os valores obtidos. Posteriormente, foram testados como substratos farelo de trigo e uma mistura de polpa cítrica (60%) e bagaço de cana (40%), ambos com umidade de 70%. Para isso, foram empregadas as cepas de Aspergillus oryzae CPQBA 394-12 DRM 01 e Aspergillus niger CH4, sendo preparados extratos enzimáticos a partir dos sólidos fermentados. Os maiores valores de atividade enzimática foram obtidos para Aspergillus oryzae em polpa cítrica e bagaço de cana e por Aspergillus niger em farelo de trigo, ambos tendo produzido pectinases com atividades enzimáticas de 47 U/mL.