AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM ESCOLAS ESPECIAIS E ESCOLAS INCLUSIVAS
Aluno de Iniciação Científica: Iris Miyake Okumura (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Psicologia
Orientador: Paulo Ricardo Ross
Departamento: Planejamento e Administração Escolar
Setor: Educação
Palavras-chave: deficiência visual , inclusão educacional , processo de aprendizagem
Área de Conhecimento: 70807051 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Objetivou-se conhecer qual é a concepção de deficiência assumida pelos professores e qual é sua relação com as práticas pedagógicas propostas. Foram analisados professores do serviço de reeducação visual, que realizam atendimento individualizado com alunos com baixa visão e serviço itinerante nas escolas onde estudam esses alunos, orientando seus professores. Para fins metodológicos, toma-se a Psicologia histórico-cultural, orientada por Vigotski, a qual explicita o conceito de mediação e suas implicações no processo de aprendizagem e humanização. Diante das transformações ao longo da história da educação, prezou-se também pela inclusão das pessoas com deficiência com a criação de escolas com atendimento educacional especializado. Optou-se pelo estudo da deficiência visual, pois a condição do aluno cego implica a necessidade de incorporar outras ferramentas de mediação ao processo ensino-aprendizagem. Tecnologias assistivas, sistema de leitura e escrita Braille e o próprio auxílio, fala do professor são exemplos de mediadores indispensáveis para o acesso ao conhecimento da pessoa com deficiência visual. Esta pesquisa investiga os critérios de mediação dos professores em relação a alunos com deficiência visual. Foi aplicado um questionário que continha um formulário sobre a atuação profissional do educador. Tal instrumento abrange as categorias: concepção de deficiência; percepção sobre a deficiência visual; estratégias de mediação, procedimentos e avaliação; e as expectativas do professor sobre seu aluno com deficiência. As respostas obtidas passaram por tratamento de análise qualitativa. Para cada questão foi atribuída uma classificação decorrente da observação de elementos comuns nas respostas. Observou-se que as argumentações convergem para a ideia de que é preciso acompanhar o aluno com deficiência, orientando de maneira adequada seus pais, professores e a todos envolvidos em seu desenvolvimento. O professor não pode ser concebido como um mero instrutor, mas como um mediador que organiza os conhecimentos, identifica as capacidades de cada um dos alunos e os desafia para busca de objetivos.