A EFETIVIDADE DOS MODELOS DE GESTÃO ESCOLAR: LEITURAS CONCEITUAIS
Aluno de Iniciação Científica: Claudia Andrade Prestes (PIBIC/CNPq)
Curso: Pedagogia
Orientador: Ângelo Ricardo de Souza
Departamento: Planejamento e Administração Escolar
Setor: Educação
Palavras-chave: Modelos de Gestão Escolar , Políticas Educacionais , Organização e gestão escolar na literatura
Área de Conhecimento: 70800006 - EDUCAÇÃO
Os estudos no campo das políticas educacionais têm focado, em alguma medida, sobre o fenômeno da gestão escolar. Aparentemente, trata-se de um objeto que reproduz, em boa medida, os conflitos e disputas do campo da política em geral, e, ao mesmo tempo, reflete sobre esses conflitos elementos específicos no universo educacional/escolar. Este trabalho procurou, na perspectiva de conhecer melhor a gestão escolar, realizar um levantamento bibliográfico sobre os modelos de gestão escolar no Brasil. O estudo tomou bases bibliográficas nacionais buscando identificar os conceitos, abordagens e metodologias de organização e gestão escolar presentes na literatura da área no país. O levantamento mostra que há uma relativa articulação entre os principais estudos analisados, na medida em que esses trabalhos convergem nos pontos principais. Também ficou evidente que se trata de trabalhos que têm uma face prescritiva muito forte, isto é, que buscam definir como deve ser a gestão escolar, mesmo que por vezes, dediquem-se pouco a analisar como a gestão escolar tem sido realizada e efetivada. Assim, os conceitos de gestão escolar acabam se articulando com propostas de modelos, normalmente denominadas de democráticos. Há poucos estudos sobre os modelos adotados em redes de ensino ou mesmo em escolas e que busquem analisar tais modelos à luz de conceitos mais amplos do campo das políticas educacionais. O levantamento, por fim, ainda detectou que a produção sobre a temática não é tão ampla como se hipotetizava no início deste trabalho, ainda que o campo da gestão escolar seja muito investigado. Isto pode sugerir que a literatura do campo, como já demonstrou Souza (2008 e 2009), ainda carece de estudos mais analíticos, em geral, e de uma identidade mais articulada com a própria área de pesquisa em políticas educacionais, em particular.