Aluno de Iniciação Científica: Bruno Diogo Müller Moreira (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Psicologia
Orientador: Alessandra Sant'Anna Bianchi
Colaborador: Guilherme Previdi Olandoski
Departamento: Psicologia
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: locus de controle , comportamento de condutores , psicologia do trânsito
Área de Conhecimento: 70700001 - PSICOLOGIA

O trânsito é um espaço de interações sociais, e seu estudo é o foco da psicologia do trânsito e a psicologia do trânsito vem contribuindo para o aprofundamento dos conhecimentos sobre os aspectos humanos no trânsito, e desta forma aumentar a segurança no trânsito. Este estudo abordou o construto locus de controle no referente ao trânsito. O construto locus de controle de trânsito, ainda é inédito em pesquisas brasileiras.Esta pesquisa utilizou como instrumento a adaptação brasileira da Escala T-Loc de locus de control para o trânsito. A escala em questão, proposta por Özkan e Lajunen (2005), trabalha com o conceito de locus de controle, que está diretamente vinculado a características de personalidade do condutor, no contexto do trânsito. A escala foi aplicada em uma amostra composta por 125 motoristas que freqüentavam o curso de reciclagem oferecido pelo Departamento Estadual de Trânsito e posteriormente foi feita uma comparação dos resultados obtidos pelos indivíduos desta amostra com um grupo controle, composto por estudantes universitários. A coleta de dados foi realizada em sala de aula do DETRAN-PR. Os questionários foram distribuídos a todos os participantes presentes nas salas de aula e a aplicação durou em média 20 minutos. Os resultados apontaram para o fator exterioridade tanto para o grupo de condutores em curso de reciclagem quanto para o grupo de controle, o que indica que os condutores em ambos grupos atribuem eventos nos quais se envolvem no trânsito a causas externas. Tendo em vista os resultados obtidos, recomendamos a divisão das questões da escala segundo três fatores, internalidade, externalidade – outros com poder e externalidade – acaso, similar a divisão preconizada no estudo original sobre o construto locus  de controle, conduzido por Rotter (1966). A pesquisa sugere que as pessoas que têm um locus de controle externo, tendem a efetuar um maior número de infrações no trânsito. A relevância de tal estudo deve-se à possibilidade de atribuição da maioria dos acidentes de trânsito a fatores humanos e ao fato de que o estilo de condução de um indivíduo sofre a influência de seus motivos pessoais. Esses resultados indicam caminhos para aqueles que trabalham com o desenvolvimento de políticas públicas para redução de acidentes de trânsito permitindo que, ao conhecerem a orientação de locus de controle de atores do trânsito, possam assim orientar suas intervenções.

1202