CORPO COMO ALVO: UMA REFLEXÃO EXISTENCIAL ACERCA DO SUICÍDIO
Aluno de Iniciação Científica: Aneliana da Silva Prado (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Psicologia
Orientador: Joanneliese de Lucas Freitas
Colaborador: Bruna Mathias, Géssica Greschuk, José Dequech Neto
Departamento: Psicologia
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: suicídio , psicologia , produção acadêmica
Área de Conhecimento: 70700001 - PSICOLOGIA
O suicídio é um fenômeno que vem sendo estudado ao longo dos anos por diversos vieses e perspectivas e apesar de ser considerado um tabu social, é atualmente compreendido como uma questão de saúde pública. O número de suicídios tem crescido e políticas tanto de prevenção quanto de atendimento apropriado às pessoas que tentaram suicídio têm sido constituídas. Estima-se que para cada suicídio consumado existam de oito a dez vezes mais tentativas. Todavia, no Brasil, esta estatística ainda não é precisa visto que a subnotificação é um problema concreto no país. É nesse cenário que este trabalho tem por objetivo mapear e refletir sobre a produção acadêmica nas línguas portuguesa e espanhola. Para tanto, foi realizado levantamento de material bibliográfico relacionado ao tema nas seguintes bases de dados: Scielo, Pepsic e Medline. Visando a obtenção e a identificação da produção mais atual na área, foram utilizados artigos publicados entre os anos de 2002 e 2011 e teses e dissertações produzidas entre os anos de 2000 e 2010. Foram encontradas 91 teses, 313 dissertações e 398 artigos sobre o tema. Os artigos, as dissertações e as teses foram catalogadas por área de pesquisa. Os primeiros resultados apontam que apesar de a Psicologia produzir mais teses e dissertações sobre o tema, não há diferença significativa entre a quantidade de publicações da psiquiatria e da psicologia. Foram catalogados 231 artigos em português cujas áreas de publicação predominantes foram psicologia, psiquiatria, estudos interdisciplinares e saúde coletiva/pública; as áreas que menos publicaram foram educação, odontologia, ciências da saúde e farmacologia. Em espanhol, a expressividade das publicações é diferente: dos 167 artigos tabulados, a maioria foi produzida por pesquisadores das áreas de medicina, saúde coletiva/pública, psiquiatria e psicologia enquanto epidemiologia, ciências sociais e farmacologia foram de menor expressão. A expressividade numérica dos artigos em português sobre a língua espanhola é considerável e uma explicação para isso pode ser os critérios de exclusão dos artigos utilizados na pesquisa, a saber, que fossem pertencentes a revistas com conceito A ou B na qualis capes - o que excluiu a tabulação de mais artigos em espanhol do que em português. A despeito disso, a diferença no ranking das áreas pode ser entendida como uma expressão do interesse de áreas diferentes sobre o assunto, bem como abordagens diversas das pesquisas nacionais. A predominância de estudos na área da saúde foi observada, o que parece expor o viés preponderante no campo científico.