AS OCUPAÇÕES IRREGULARES E O PROCESSO DE EXTENSÃO URBANA E METROPOLIZAÇÃO DE CURITIBA E CAMPINA GRANDE DO SUL (PR)
Aluno de Iniciação Científica: Gustavo Domingues Gaspari (IC-Voluntária)
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Orientador: Madianita Nunes da Silva
Departamento: Arquitetura
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Metropolização , Ocupações irregulares , Região Metropolitana de Curitiba
Área de Conhecimento: 70601003 - GEOGRAFIA HUMANA
A pesquisa analisa a relação entre a produção das ocupações irregulares no município de Campina Grande do Sul e a reestruturação da metrópole observada a partir de 1990. Com base em Silva (2012, p. 194) a formação da atual espacialidade metropolitana deve-se à ocorrência de um duplo movimento, de desconcentração e reconcentração espacial, derivado fundamentalmente da produção dos espaços informais de moradia. Tomando-se como referência estes recortes temporais e espaciais, levantou-se tipologia socioespacial característica das ocupações irregulares no município e analisou-se o padrão de crescimento desses assentamentos nas duas últimas décadas. Para a década de 2000 as fontes foram os Planos Municipais de Habitação obtidos junto às Prefeituras Municipais e na de 1990 o levantamento realizado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba. Após a sistematização da informação coletada procedeu-se o georreferenciamento dos dados em sistema Gis, que deu origem aos mapas e tabelas de análise. Os resultados demonstraram que na área urbana de Campina Grande do Sul, situada próxima do núcleo da aglomeração metropolitana, ocorreu o adensamento das ocupações irregulares pré-existentes, sem acréscimo no número de áreas ocupadas, enquanto na área rural surgiram novos assentamentos produzindo a extensão descontínua da mancha de ocupação. Estes novos assentamentos, implantados no entorno da BR 116, localizam-se entre 40 e 65 km de distância do centro de Curitiba e são responsáveis pela estruturação de uma metrópole mais dispersa. Esse duplo movimento, identificado a partir do processo de produção dos espaços informais de moradia em Campina Grande do Sul, comprova a tese defendida por Silva (2012) de que a fase de reestruturação espacial caracteriza-se pela formação de uma espacialidade que é o mesmo tempo mais dispersa e concentrada.