MEMÓRIAS DOS COTISTAS RACIAIS DA UFPR/ ENEDINA ALVES MARQUES: A PRIMEIRA ENGENHEIRA DO BRASIL MERIDIONAL: (1940 ~ 1945)

Aluno de Iniciação Científica: Jorge Luiz Santana (Outro)
Curso: História - Bacharelado
Orientador: Marcos Silva da Silveira
Co-Orientador: Roseli Boschilia
Departamento: Antropologia
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: Biografia , Raça , Gênero
Área de Conhecimento: 70505004 - HISTÓRIA DO BRASIL

O objetivo deste projeto é pesquisar e recuperar a trajetória acadêmica de Enedina Alves Marques na Universidade Paranaense, entre 1940 e 1945, dada a importância histórico-cultural, social e racial da primeira mulher a receber o título de Engenheira Civil da Faculdade de Engenharia do Paraná. Sob a hipótese de que ela foi a primeira engenheira da região sul do Brasil, a ideia é destacar a sua figura e também fomentar outras pesquisas de agentes envolvidos em processos de transformação do país que ainda permanecem invisíveis. Desta maneira, acredita-se, projetar com uma maior visibilidade o gênero feminino como integrante de uma concepção desenvolvimentista em um espaço predominantemente masculino, ainda hoje, qual é o da cidade de Curitiba e sobretudo, o segmento de engenharia civil. Através da passagem acadêmica Enedina Alves Marques na UFPR, o que se busca é pesquisar a sua trajetória em um espaço onde parecia que os lugares e as pessoas já estavam determinados a partir das redes de sociabilidades tais quais: origem social, gênero, raça e cultura. Para isto, as fontes analisadas são os diferentes documentos encontrados, desde o seu nascimento em 1913 até a data do seu falecimento em 1981, nos arquivos e pontos de memórias localizados. Desse modo, o nome que se diluiu nas motivações estrutural e nos sujeitos coletivos, ganha expressão e presença ao ter sua vida pesquisada, narrada e divulgada para os novos estudos que se fizerem necessários. A pesquisa se orienta na categoria de gênero tanto como um elemento constitutivo das relações sociais, fundado sobre as diferenças percebidas entre os sexos, quanto uma maneira primária de significar as relações de poder. Além de considerar como a história não é mais a respeito do que aconteceu a homens e mulheres e como elas reagiram a isso, mas sim a respeito de como os significados subjetivos e coletivos de homens e mulheres, enquanto categoria de identidade foram construídos. Outro assim, a pesquisa objetiva analisar historicamente as produções biográficas, e verificar os momentos de maior ou menor intensidade na escrita de biografias ao ter como foco o processo de diferenciação social a partir dos processos de construções de subjetividades em afrodescendentes brasileiros.

 

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