JOVENS, ESPORTES EQUESTRES E RURBANIDADE: COMO ESTA RELAÇÃO SE EVIDENCIA NOS RODEIOS E CTGS PARANAENSES

Aluno de Iniciação Científica: Andressa Fontana Pires (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Ciências Sociais
Orientador: Meryl Adelman
Departamento: Ciências Sociais
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: rodeios e CTGs paranaenses , jovens , rurbanidade
Área de Conhecimento: 70207003 - OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECÍFICAS

A presente pesquisa evidencia o valor do conceito do "rurbano", que se remete à complexidade da organização atual e como nesta observamos uma integração entre os espaços rurais e urbanos.Rompendo com acepções dualistas, o que se defende é uma múltipla trama cultural, na qual costumes, ideias e práticas de meios urbanos e rurais se misturam, produzindo o que vem se chamando "culturas híbridas".Uma hipótese nossa seria que tal "hibridização" é marca da identificação e consumo culturais dos jovens, que atualmente se permitem trânsitos diversos e livres por campos culturais que outras vezes se pensaram como distantes ou não comunicáveis entre si.Ao elencar rodeios e CTGs paranaenses como objeto de estudo, indagamos como a população jovem vive as várias culturas que se fazem presentes no meio – desde o tradicionalismo gaúcho e a cultura sertaneja às culturas "country" e caipira, entre outras – e que sentido dão às mesmas.Percebe-se que o rodeio se mostra como um ambiente multigeracional, frequentado por diversos públicos, os quais certamente atribuem significados distintos as suas participações.Os jovens, como atores decisivos neste contexto, contribuem para a organização deste meio – correlato da hipótese acima sugerida – devem dar sentidos particulares às diversas práticas de lazer, esporte e muitas vezes de trabalho, das quais partilham quando participam dos rodeios.Já observamos que formam uma grande parte da população que participa das provas esportivas e ocupam um número significativo de cadeiras nas arquibancadas, misturando-se também com pessoas de idades diversas.Por meio de entrevistas com homens e mulheres, e de observação de algumas práticas comuns, almejamos identificar questões relacionadas às construções de identidades, hábitos de consumo, lazer e de esporte, além de relações de sociabilidade demarcadas por classe, raça e gênero. Investiga-se em que medida estes jovens priorizam o lazer no espaço do rodeio, como se situam neste meio e ainda como tecem suas relações de sociabilidades tendo este espaço como elo de vivências e experiências.A despeito que o contato com o rodeio não necessariamente implica no exercício de práticas com cavalo e esportes equestres, tal envolvimento será tratado como outro elemento específico da pesquisa, dada sua inserção num projeto mais amplo com esse foco– as entrevistas assim foram realizadas também tanto com cavaleiros e amazonas. Perguntamos em que proporções o espaço do rodeio promove, hoje em dia, a "homossociabilidade" e práticas demarcadas pela ordem de gênero, ou em que medida pode estar incorporando novas práticas de sociabilidade mista.

 

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