Aluno de Iniciação Científica: Laura Cristina Bartachevits Budel (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Sociais
Orientador: Ana Luisa Fayet Sallas
Departamento: Ciências Sociais
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: juventude; espaços sociais; cultura
Área de Conhecimento: 70202001 - SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO
Além de ser uma fase de transição para a vida adulta, a juventude é também uma etapa cronológica da vida e de identificação e representação do jovem dentro de um espaço social. Dentro desse contexto, encontramos uma juventude que está em busca de reconhecimento pela sociedade, e de uma vida adulta estável e satisfatória. No entanto, o que geralmente observamos é que as ciências humanas vêem a juventude sob aspectos negativos, o que firmou um imaginário social dessa fase da vida como sendo individualista e sem perspectivas de futuro. O que percebemos, é que encontramos jovens em busca de seu espaço na sociedade, se expressando pelas suas culturas juvenis e pelos seus grupos. Devido a esses dados, essa pesquisa tem por objetivo analisar as diferentes formas de expressão e de ação das culturas juvenis, através de revisão bibliográfica sobre o tema. Buscamos compreender como se constrói a identidade e o estilo de vida dos jovens e de como se forma essa cultura juvenil. Fazemos uma comparação entre os jovens do Brasil e do México, que estão envolvidos em atividades artísticas como o "Grafite", por exemplo. Essa comparação é feita através de dados estatísticos sobre projetos para a juventude nos dois países, além de entrevistas com jovens grafiteiros que desemprenham um papel importante na relação entre arte de rua. Sendo assim, além de encontrarmos diversas formas de juventude no Brasil e na América Latina, também encontramos jovens que desempenham um papel fundamental nas sociedades em que vivem. Assim, a juventude não se torna um objeto específico de estudo, mas sim, vários objetos. Entretanto, a juventude sintetiza uma forma possível de pronunciar-se diante do processo histórico e de constituí-lo. Dessa maneira, verificamos que o jovem busca uma forma de representação e uma construção de identidade, porém, essa identidade é relacional, ou seja, o indivíduo só toma consciência de sua identidade em relação ao outros. É nesse sentido, que o estudo das culturas juvenis se fortalece. Por fim, encontramos essa busca pela identidade juvenil muito forte entre os jovens, e sua vontade de se representar perante uma sociedade que muito os reprime. Conclui-se então através dos dados sobre a juventude, que os jovens são vistos como "situados" a margem da sociedade, mas que buscam uma forma de posicionamento para essa fase de transição da vida. Este estudo continua em andamento..