Aluno de Iniciação Científica: Endrio Marcos de Liz Oliveira (PIBIC-EM)
Curso: Filosofia (Bacharelado com Licenciatura Plena)
Orientador: Eduardo Salles de Oliveira Barra
Colaborador: Rejane Giacomassi
Departamento: Filosofia
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: ensino de filosofia , TICs na educação , Montaigne
Área de Conhecimento: 70101000 - HISTÓRIA DA FILOSOFIA

O projeto "Leitura de Filosofia na Internet" está integrado às Oficinas de Tradução (OTs), um programa de atividades formativas mantido pela coordenação do curso de graduação de filosofia, com participação do PIBID Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, CELIN e PROBEM/PRAE. As OTs têm como objetivo produzir traduções e edições críticas de textos filosóficos destinadas ao uso nas aulas da disciplina de filosofia no ensino médio. O projeto "Leitura de Filosofia na Internet" visa desenvolver uma plataforma eletrônica para disponibilizar na internet as edições produzidas nas OTs. O programa PIBIC_EM vinculado a esse projeto pretende integrar estudantes do ensino médio como colaboradores na tarefa de desenvolver uma linguagem e uma apresentação gráfica das edições das OTs adequadas às particularidades do seu público alvo e às possibilidades típicas da internet. Para que os bolsistas PIBIC_EM possam desempenhar essa função no projeto foi necessário aumentar a sua familiaridade com textos filosóficos. Esse trabalho foi realizado com o texto "Dos Coxos", retirado dos Ensaios(1580) de Michel Montaigne, que foi estudado em grupo pelos bolsistas do PIBIC_EM, com o apoio da equipe de bolsistas e supervisores do PIBID Filosofia. Neste trabalho, eles relatarão as leituras que fizeram e as críticas que endereçaram às leituras feitas pelos colegas. Segue abaixo as conclusões parciais da leitura do bolsista autor deste trabalho:"O ensaio "Dos Coxos", de Michel de Montaigne, me fez refletir e criar ideias sobre outros aspectos da sociedade atual. Logo de começo eu já havia reparado em como o texto seria interessante, pois ele toca em um assunto que todos parecem conhecer, mas poucos de fato põem em prática. (…) Não deve ter sido muito fácil para Montaigne criar um texto assim e imaginar como fazê-lo sem ser interpretado de forma herege, afinal, ele viveu na Idade das Trevas. Sendo assim, colocou tudo de forma indireta e sempre com palavras como: "me parece que", "eu penso que". E nunca uma afirmativa sobre algo. Mas quando se tratou da sociedade, realmente se colocou contra tudo o que acreditavam. (…) É isso que o texto lhe traz principalmente, a ideia de duvidar daquilo que todos acreditam cegamente e tentar pensar por si próprio, não seguir o sistema e ter certeza apenas daquilo que não deixa dúvidas. Michel de Montaigne colocou isso bem claro, de certa forma. Ele dizia que as pessoas não deveriam acreditar na igreja só porque ela disse algo, as pessoas deveriam buscar fundamentos para as afirmações da igreja."

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