MAX HORKHEIMER: FAMÍLIA, AUTORIDADE E ASCENSÃO DO AUTORITARISMO POLÍTICO NA PRIMEIRA METADE

Aluno de Iniciação Científica: Josiéli Andréa Spenassatto (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Sociais
Orientador: Luiz Sérgio Repa
Departamento: Filosofia
Setor: Ciências Humanas, Letras e Artes
Palavras-chave: Max Horkheimer , autoridade , família
Área de Conhecimento: 70100004 - FILOSOFIA

A chamada Teoria Crítica, associada aos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, caracterizou-se pela inauguração de modelos críticos que pretendiam fazer diagnósticos do tempo presente, para a compreensão de novas relações de dominação e a possibilidade de superá-las. Isto em um momento histórico de pessimismo com relação aos movimentos socialistas que pereciam ou que não davam suficiente exemplo de emancipação social a ser seguido. A presente pesquisa, constituindo-se a partir de análises em andamento, tem por objetivo investigar a formulação do pensamento de Max Horkheimer à luz do contexto sócio-histórico da época, tendo como fonte documental principal a sua produção teórica na década de 30 do século XX, em especial a sua produção sobre família, autoridade, sociedade, poder, Estado, e etc. As análises privilegiaram como contexto sócio-histórico a transição da fase concorrencial do capitalismo para a monopolista, a diferenciação social no interior do próprio proletariado e a ascensão do Fascismo e do Nazismo (que veio acompanhada de um grande desenvolvimento dos meios de comunicação de massa que colaboraram como mecanismos de controle social) que pôs à prova a capacidade de resistência da classe trabalhadora. As análises desenvolvidas até o presente momento revelaram que a família se ocupa em reproduzir os valores da vida social tal como são dados na ordem burguesa de tal forma que está intimamente ligada à formação do caráter autoritário e da formação para a aceitação passiva da ordem hierárquica da sociedade. Identificou-se, contudo, que a família revela um espaço de autonomia, onde é possível desfrutar de amor e afeto. Ou seja, esta complexa relação entre autoridade e autonomia dentro da família tradicional e da sociedade burguesa está mais nesse aspecto da intimidade e do afeto, do que em questões políticas ou econômicas, que são muito relevantes na teoria crítica inaugurada por Karl Marx.

 

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