ARQUITETURA EFÊMERA EM CURITIBA: UM ESTUDO SOBRE UMA CENOGRAFIA UTILIZADA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA
Aluno de Iniciação Científica: Kelly Varnier (IC-Voluntária)
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Orientador: Marco Cezar Dudeque
Departamento: Arquitetura
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: teatro , cenografia , arquitetura efêmera
Área de Conhecimento: 60402008 - PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Cenografia é a arte, técnica e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos teatrais ou cinematográficos. A cenografia é parte importante do espetáculo, pois conta a época e o local em que se passa a história. A organização do palco e do espaço teatral no âmbito da Arquitetura Efêmera consiste no espaço em um tempo determinado, organizado de maneira interdisciplinar em que a pintura, a escultura, a luz, a música, o desenho, a arquitetura, o teatro e a moda interagem e se relacionam de modo a construir um espaço específico de acordo com as intenções de cada peça teatral. No festival de teatro de Curitiba, idealizado pelos então estudantes Leandro Knopfholz e Carlos Eduardo Bittencourt, os espetáculos selecionados representam o rico e diversificado panorama atual das artes cênicas brasileiras. A Mostra 2012 reuniu 30 espetáculos, sendo apresentados em teatros e outros espaços tradicionais, em barracões, ruas, praças e bares de Curitiba. Nos diversos locais em que foram apresentados, a cenografia buscou ressaltar o caráter dos personagens, como o desespero refletido na cenografia assinada por Valdy Lopes Jr, em "Ah, a Humanidade! E Outras Exclamações" ou contextualizar espacialmente a cena interpretada pelos personagens, como na peça Judy Garland – O Fim do Arco-Íris' idealizado pelo arquiteto e cenógrafo Rogério Falcão. Ao pesquisar sobre a concepção cênica, atráves de entrevistas com os profissionais envolvidos e análise do processo gráfico de criação, percebe-se as diferentes formas de concepção plástica na cenografia. No processo de criação dos arquitetos cenógrafos, o apelo construtivo se aproveita do repertório arquitetônico para elaborar estruturas com planos e profundidade bastante nítidos, grandiosidade e valorização de áreas, textura e composição volumétrica diferenciada. Outro aspecto fundamental analisado foi a importância cênica da iluminação. A chamada "luz teatral" e sua relação com a caixa cênica. Por meio de refletores, a iluminação exerce papel fundamental nos múltiplos espaços que se apresentam durante a montagem. Há uma elaborada metodologia no que se refere ao uso da cor, intensidade, definição e relação de diferentes planos numa mesma cena, alcances, geometria, volumes - além das nuances de sombras, que enriquecem, ampliam e qualificam as expressões usadas pelos artistas.