APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE FLEXIBILIDADE E ADAPTABILIDADE NAS HABITAÇÕES VERTICAIS DE CURITIBA – 1990 A 2010

Aluno de Iniciação Científica: Uzias Vieira da Rosa (PIBIC/CNPq)
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Orientador: Paulo Marcos Mottos Barnabé
Colaborador: Cristina Aclender Hermoso, Janaina da Silva, Larissa Francielly Souza Mendes
Departamento: Arquitetura
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: flexibilidade , adaptabilidade , edificações verticais
Área de Conhecimento: 60400005 - ARQUITETURA E URBANISMO

O perfil da família mudou e com ele, a forma de utilização do espaço doméstico. Observa-se que diversas mudanças de ordem social, cultural e econômica alteram ao longo dos anos as necessidades dos usuários que vivem em apartamentos. Para que essas mudanças sejam absorvidas, é necessário recorrer a adaptações do espaço e em alguns casos, a ampliação do mesmo. Diferente das residências em lotes, as quais podem ter de pequenas a grandes modificações com acréscimos de áreas, as edificações verticais possuem limitantes que muitas vezes dificultam ou até mesmo impedem qualquer alteração, negando ao usuário a possibilidade de adaptações nas diversas fases da vida. O objetivo dessa pesquisa é estudar a aplicação dos conceitos de flexibilidade e adaptabilidade aplicados aos espaços arquitetônicos, com foco específico nas habitações coletivas verticais edificadas nos últimos vinte anos na cidade de Curitiba. Para isso, se estabeleceu um método de trabalho pautado na revisão bibliográfica dos conceitos de flexibilidade e adaptabilidade aplicados na arquitetura residencial durante o desenvolvimento histórico da arquitetura moderna e contemporânea. Com estes conceitos definidos, foram pesquisados em periódicos de circulação municipal, exemplares de imóveis à venda nos quais se identificassem ao menos três graus básicos de aplicação dos conceitos: baixa, média e alta. Para cada um dos vinte anos foram selecionados exemplos ilustrativos, que foram construídos, permitindo assim a visita aos edifícios, o registro fotográfico e entrevistas com seus moradores para identificar quais tipos de modificações estes efetuaram nas unidades. Com a análise destes exemplos, efetuou-se o redesenho simplificado das plantas, estabelecendo-se algumas tipologias de aplicação dos conceitos e parâmetros para futuros projetos que possam incorporar em suas plantas flexibilidade suficiente que permita facilmente adaptações às várias necessidades dos usuários ao longo do tempo, gerando economia e evitando mudança constante para outros apartamentos.  Preliminarmente pode-se concluir que o mercado ainda se encontra reticente a aplicação desses conceitos; ainda impera a máxima consumista de tornar os produtos obsoletos o mais rápido possível para que os consumidores comprem sempre um novo, fato que contraria a adaptação desse produto a variação das necessidades no transcorrer do tempo. O produto síntese final deste trabalho será apresentado em desenhos e croquis de alternativas tanto da distribuição espacial, quanto de detalhes construtivos que possibilitem a utilização do conceito de flexibilidade e adaptabilidade como elemento norteador do projeto arquitetônico de edificações verticais coletivas.

 

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