CONCEPÇÕES DE IGUALDADE E DESIGUALDADE SOCIAL NA OBRA DE ADAM SMITH

Aluno de Iniciação Científica: Otávio Júnior Barancelli (PET)
Curso: Ciências Econômicas
Orientador: Iara Vigo de Lima
Departamento: Economia
Setor: Ciências Sociais Aplicadas
Palavras-chave: Adam Smith , Igualdade , Desenvolvimento Social
Área de Conhecimento: 60301031 - HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

As sociedades humanas são caracterizadas pela diversidade existente entre seus integrantes. Em razão dessa diversidade, decorrem inúmeros conflitos entre diferentes grupos sociais, muitos deles de natureza econômica, que acabam por requerer, a fim de saná-los, um adequado processo político. Neste é que se abre o campo para os debates de ideias que buscam realizar a conciliação ou a sobreposição de interesses, nos quais as concepções igualitárias ou desigualitárias de sociedade têm destaque. Tais concepções são, de acordo com autores como Norberto Bobbio e Anthony Giddens, a distinção fundamental entre a direita e a esquerda no espectro político. Desta forma, a direita se caracterizaria pela maior tolerância à existência de desigualdades do que a esquerda. Destarte, cabe ressaltar as relações de mútua influência entre o sistema econômico – e das ideias dos grandes pensadores econômicos –  e o processo de formação de políticas públicas. Deste modo, o objetivo deste trabalho é buscar identificar na literatura de Adam Smith as suas concepções a respeito da igualdade e desigualdade social e suas relações com o desenvolvimento econômico dos Estados-nação. Além disso, pretende-se analisar os preceitos de políticas públicas na obra de Adam Smith a fim de identificar se resultariam em maior igualdade ou não. Por último, diante da grandeza da filosofia moral de Smith, almeja-se, a partir das concepções de natureza humana para o autor, entender se uma maior igualdade seria possível diante da psicologia comportamental humana. A pesquisa é realizada através de análise detalhada em especial de três livros do autor: Teoria dos Sentimentos Morais (1759), Elementos de Jurisprudência (1762) e A Riqueza das Nações (1776). Também são utilizadas as interpretações de grandes comentaristas do pensador escocês como, por exemplo, Andrew Skinner. 

 

1054