EMPRESAS FAMILIARES BRASILEIRAS AO LONGO DO SÉCULO XX

Aluno de Iniciação Científica: Mariana Tozo Wichinevsky (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Econômicas
Orientador: Armando João Dalla Costa
Departamento: Economia
Setor: Ciências Sociais Aplicadas
Palavras-chave: empresa familiar do século XX , famílias empreendedoras , empresas do Brasil desde 1890
Área de Conhecimento: 60300000 - ECONOMIA

Esse estudo está inserido na linha de pesquisa de Empresas Familiares do Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial (www.empresas.ufpr.br), ligado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico do Departamento de Economia da UFPR. Este projeto, realizado como parte da pesquisa de iniciação científica tem como objetivo geral explicar e justificar, através da bibliografia mais relevante, as principais mudanças nas empresas familiares do Brasil desde 1890 até os dias atuais. Para tanto a metodologia levará em conta a elaboração de tabelas com as 20 maiores empresas familiares brasileiras nos anos de 1890, 1930, 1960, 1990 e 2010, consultando livros, revistas, artigos, teses, dissertações. Os dados a serem levantados a respeito das empresas são: ano de fundação, família empreendedora, ranking entre as 100 maiores empresas, número de funcionários, faturamento e lucro líquido, familiares na direção da empresa, geração de familiares em que se encontrava a firma no ano da respectiva tabela, sede da empresa, ano do IPO e posição na Bolsa de Valores, ramo de atividade, atuação internacional, origem do capital. Essa pesquisa faz parte de um projeto mais amplo: "Um Século de Mudanças. Empresas Familiares e famílias empresariais na America Latina e Espanha no séc. XX", contribuindo para a elaboração de um dos capítulos desse projeto. Como resultado preliminar, observou-se que poucas empresas pertencentes a famílias empreendedoras são centenárias, ou seja, um número muito pequeno de empresas geridas por famílias consegue dar continuidade aos negócios durante várias gerações. Os motivos desse insucesso são muitos como, por exemplo, o momento da sucessão, quando o empreendimento passa para as mãos do(s) herdeiro(s) que não estão preparados para assumir o comando executivo e dar conta da continuidade da empresa. Desta forma, grande parte dos grupos familiares desapareceu ao longo do século XX, destacando-se a experiência das Indústrias Reunidas Matarazzo ou as empresas do grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, para citar dois exemplos mais conhecidos. Nas empresas ainda atuantes, destacam-se os grupos tradicionais como Gerdau, Odebrecht, Klabin, Lundgren, Marinho entre outros. Há, por fim, outros grupos familiares que passaram por processos de profissionalização da gestão executiva, como é o caso das empresas do grupo Pão de Açúcar.

 

1051